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os 10 posts mais lidos (esta semana) seguidos dos posts mais recentes (26 Outubro 2016):

Mar 31, 2010

...Perfeccionismo, 'perfeccionite'

Já antes referimos o Perfeccionismo associado à Anorexia Nervosa (por exemplo aqui, aqui ou aqui ). Encontrei as questões seguintes aqui, a partir de informação no blogue EDbites. (tradução livre do inglês).
"Como raio consigo saber se sofro de 'perfeccionismo'? Seguem umas perguntinhas, procure responder-lhes para ver se tem 'esse defeitosinho'...
(1) Sente-se levado a ser bem visto aos olhos dos outros ou a ter a aprovação dos outros?
(2) Tenta habitualmente concluir vários objectivos difíceis ao mesmo tempo?
(3) Raramente conclui tudo o que tinha planeado fazer num dado dia?
(4) Procrastrina quando inicia um projecto, porque receia não ser capaz de o realizar suficientemente bem?
(5) Vive de tal forma obcecado por fazer algo perfeito que chega a esquecer as suas necessidades?
(6) Duvida das suas próprias decisões?
(7) Diz sim quando quer dizer não?
(8) Sente que nunca está a fazer o suficiente?
(9) Acha que tem que fazer tudo sozinho?
Se respondeu afirmativamente a pelo menos a 3 questões sofre de perfeccionite."
[ eu respondi afirmativamente a mais de três]
Imagem flickr cc: (
aqui)
Imagem flickr cc (aqui)
Compare the way my body looks to the magazines
Don't know why everybody's buying into the scene
So I'm gonna drive down the boulevard
Not caring who has the faster car
Tone down the makeup and the noise
'Cause what's inside will bring the boys

I don't wanna look like you because
You're too perfect
You're too perfect
And I don't wanna fill your shoes because
It's not worth it
It's not worth it
I don't fit the mold, I am real
Too colorful to conceal
Imperfect is the new perfect

Imperfect Is the New Perfect -
Caitlin Crosby

Mar 30, 2010

...Anorexia , tratamento, peso (IMC)

Recebi um comentário -testemunho que abaixo transcrevo como post (tendo retirado alguma informação por razões de manutenção de anonimato). Reformulei o post inicialmente juntando os comentários de Vanessa Marsden que muito agradeço e juntando alguns números conforme por ela sugerido.No esqueciaana já disponibilizámos alguma informação obtida de fontes fiáveis sobre os critérios (actualmente em discussão) associados ao diagnóstico da anorexia nervosa, por exemplo (aqui), (aqui, blogue Psiquiatria e Toxicodependência), (aqui) , (aqui) ou (aqui).
Testemunho
"tive consulta com o DrZ. Vim de lá tristíssima. A razão é contraditória e peço-te, por favor, para não me julgares. Eu já estou nos [..Kg]. Ora, com este peso o meu IMC [Índice de Massa Corporal] é de [..] e sabes o que ele disse? que eu não era anorética porque para o ser o IMC teria de estar abaixo dos 17. Fiquei pasmada. Garantiu me que não era anorética e marcou-me uma consulta [...] porque diz que independetemente de não o ser devo ganhar mais [..kg]. Ele não deve saber o que fez mesmo. É QUE VOU CHEGAR LÁ COM A PORRA DO IMC NOS 16 PARA ELE, JGMHNVFDHJEBEGV desculpa nem sei como escrever sobre isto..mas terei eu de ficar feliz por um médico especializado no tratamento de anorexia dizer que só porque o meu IMC já não é mais de 14 ou 15 eu deixei de sofrer de anorexia nervosa? Terei eu de sorrir perante um especialista que me diz "quando estiveres abaixo dos 17 é que podemos curar-te" ...caramba, estão à espera que eu chegue aos 17 para depois não conseguir parar? Depois de ter engordado este kilo nojento..falei com muitas raparigas de lá. nenhuma delas gostava dele. uma estava tão escanzelada que lhe implorou para ele a internar..e ele disse-lhe que "o facto de ela se querer internar só mostra que ela não era anorética"..pois, só tinha um IMC de 15 mas anorética é que não era..DECERTEZINHA!!! desculpa a minha revolta mas este tipo de coisas mexem de tal forma comigo que só me apeteceu fazer um post a falar da própria ignorância dos médicos! Não de todos, ÓBVIO, mas pelo menos este tocou-me no bichinho lá dentro. Foi quase como me dizer "tu és demasiado gorda para seres anorética"...será que não sabe que a anorexia é uma doença mental? ou serei eu que estou errada e a anorexia afinal tem tudo a ver com uma questão de peso? será que não percebeu que me pôs com uma vontade mórbida de emagrecer até ficar invisível? desculpa o desabafo."
Depois de publicado o testemunho acima (sem números) recebi este comentário da Vanessa Marsden que agradeço:
Cara ex-ana.
De facto é importante anonimizar o relato, mas as informações sobre peso e IMC são importantes para melhor entendimento doquadro e sem elas fica difícil entender o relato da utente. Estas podem ser publicadas sem problemas pois são apenas números, não sendo possível identificar alguém através do peso. Quanto ao critério diagnóstico, de facto se a utente não está com o peso a 85% ou menos do normal esperado para a idade e altura, não é Anorexia Nervosa (de acordo com os critérios do DSM-IV-TR e da CID-10). Entretanto, existem outras entidades diagnósticas que servem para avaliar pacientes que estão no limite dos transtornos mas não se encaixam completamente nos critérios. Para maiores informações, este artigo brasileiro elucida os diversos critérios:
http://www.scielo.br/pdf//rbp/v24s3/13964.pdf
Não seria ético por parte de qualquer especialista que leia o relato "diagnosticar" o quadro, visto que diagnóstico implica avaliação, o que é impossível de ser levado a cabo pela internet. Entretanto, posso sugerir que se a utente não está satisfeita com os serviços do médico para ela designado, ela está dentro de seus direitos em reclamar (no livro amarelo) e solicitar outro profissional. Nem o médico nem o paciente são obrigados a um contracto terapêutico se não conseguem conversar na mesma língua e os códigos de ética garantem o direito do paciente em solicitar outro profissional e do médico em negar consultas a um paciente (se ele não for o único médico da localidade e não for um caso de urgência). Se não há confiança no profissional não há como estabelecer rapport (que é a aliança terapeutica) e mesmo que o médico tivesse oferecido o tratamento desejado, a falta de confiança na relação já sinaliza ruptura e falha terapêutica no futuro.
Com os melhores cumprimentos
Vanessa Marsden
imagem flickr cc: (aqui)

...Artigos Científicos sobre Anorexia Nervosa (site)

(aqui, em português)

Mar 29, 2010

...Alimentação dos portugueses ( Inquérito precisa-se)

No jornal Público de hoje, num texto da jornalista Alexandra Campos ficámos a saber da existência de alguns estudos que contribuem para um melhor conhecimento da alimentação dos portugueses. Continuamos à espera do 2º Inquérito Alimentar Nacional. Um melhor conhecimento dos hábitos alimentares dos portugueses por idades regiões, etc. é necessário. A preocupação com a obesidade (que é um problema real) não deverá levar ao esquecimento das doenças do comportamento alimentar.
- Alimentação e Estilos de Vida da População Portuguesa (2009/2010), um estudo epidemiológico, avaliou 3325 adultos, foi realizado pela Sociedade Portuguesa de Ciências da Nutrição e Alimentação (SPCNA) no âmbito de um protocolo de mecenato científico com a Nestlé. A investigação irá prosseguir com um estudo focando crianças e jovens.Metodologia,Como comem os Portugueses,Como se mexem os Portugueses,
Estado nutricional dos Portugueses. Mais informação (aqui)

- Foram realizados dois estudos de prevalência nacional da obesidade, coordenados pela médica Isabel do Carmo, entre 1995/1998 e 2005/2006.

- O 2º Inquérito Alimentar Nacional (o primeiro foi realizado há cerca de 30 anos pelo Instituto Nacional de Saúde Dr.Ricardo Jorge) continua por fazer apesar de estar previsto no Plano Nacional de Saúde 2004/2010. “O objectivo é estudar a associação entre consumos de alimentos e nutrientes da população portuguesa, por regiões, sexos, grupos etários e socioeconómicos e analisar factores de risco de doenças crónicas.”

Mar 24, 2010

.."A anorexia é uma teia..."


O testemunho que se segue termina assim:
"A anorexia é uma teia que nos enrola cada vez mais. Não conseguimos parar, queremos ficar sempre mais magras. Tenho medo sempre que ouço miúdas falarem em dietas. Apavora-me que fiquem como eu fui em tempos, pois sei que o bichinho continua lá dentro à espreita."
Com autorização da autora transcrevemos na íntegra um testemunho:
"Abro aqui uma excepção para falar de mim própria. Este não é o objectivo inicial do blog. No entanto, a minha maneira de ser e de enfrentar as situações, tem a ver com um conjunto de factores que moldaram a minha personalidade. É essa personalidade que me faz reagir e por isso se me conhecerem, talvez entendam o porquê de certas reacções.

Num post anterior veio á baila a alimentação. Este é para mim um tema delicado. Tenho uma espécie de guerra comigo mesma com esta questão. Hoje ao visitar o blog de uma amiga, vi que o conflito gerado com a nossa imagem, o que mostramos aos outros e aquilo que fazemos para mudar essa imagem, é muitas vezes difícil. A aparência é muito importante (e ainda bem!) e somos alertados cada vez mais para determinados problemas de saúde que se relacionam com o modo como nos alimentamos.

Conheci ao longo da vida muitas situações diferentes. Aprendi por isso a não julgar. Cada caso é um caso. Este é o meu.

Em criança sempre fui muito magrinha ( com 3 anos tinha 11Kg o que preocupava e de que maneira a minha mãe). Até aos 10 anos fui tendo peso abaixo da média, por isso quando começei a engordar um pouco, por volta dos 11 anos, a minha mãe achou óptimo. O corpo entrou em mudança e menstruei a 1ª vez aos 12 anos. A partir daí foi o grande salto. Passei de senhorinha a senhora em menos de três anos e por volta dos 15 anos tinha engordado realmente! Vestia 38 e tinha tendência para ancas e coxas, típico, não?

Os problemas começaram um pouco mais tarde, quando passou a ser evidente que os outros me viam como gorda, uma «rabo grande» com pouca motivação para sair ou «curtir» com coleguinhas de turma. A auto-estima foi-se e o isolamento passou a ser a única opção.

Depois de uma vida académica recheada de muito Bons e de notas 20, a faculdade era o caminho lógico. Mas o patinho feio queria ser cisne, queria mudar! Penso que os meus pais nem se aperceberam mas propositadamente fiz por concorrer a um curso (direito) para o qual sabia não ter vocação, a uma faculdade que não tinha nota para entrar (podia entrar em Lisboa mas decidi escolher Coimbra e não entrei por décimas). Não quis concorrer á 2ª fase e acabei por parar um ano.

Esse foi o ano da transformação. Tudo na minha vida se alterou. Eu, menina perfeita, princesa dos papás, que nunca tinha vontade de saídas, passei a sair mais e com novas companhias. Passei a mudar a minha forma de vestir e teimei em mudar o meu corpo. Primeiro foram as dietas de verão, aproveitar o tempo fresco para comer saladas e fruta, depois a redução das quantidades que ingeria. Aos 19 anos o meu físico estava muito melhor (tinha 52Kg para 1,56m ). Fiz o priemiro ano de faculdade no curso de gestâo de marketing e publicidade, um meio que tinha muito a ver com aparência, com o físico.

Deixei a casa dos pais. Viver sozinha foi uma festa. Ninguém podia controlar o que comia e as idas a casa ao fim de semana eram fugazes e sempre evitava perguntas.

Passei a fazer apenas uma refeição, sem carne ou peixe, apenas de legumes e só ao jantar. O almoço não me preocupava porque estava na faculdade e não ia comer. Mas entretanto achei que comer á noite não era bom, depois não gastava energia, então passei a comer um iogurte magro ao almoço e beber chás ao jantar.

Se tivesse de comer em casa dos meus pais, iludia com maçãs ou sumos de cenoura (mas passei a comprar livros de nutricionismo com informação sobre as calorias e antes de pôr na boca confirmava vezes sem fim, o valor energético da maçã média). O que me punham no prato acabava no fundo dos bolsos ou no lixo quando ninguém estava a olhar.

Estava nos 42kg quando apanhei uma pneumonia grave e tive de voltar a casa. Tinha tanta fraqueza que a minha mãe me dava o comer na boca (só sumos e fruta a meu pedido).

Aos 40kg o meu médico deu-me a mim e á família um prazo de 48H para começar a comer ou teria de ser inetrnada. Fiz um esforço sobretudo pela minha mãe, mas lembro o histerismo quando me obrigou a comer sopa com batata, pão e leite. Lembro as insónias (minhas e dela) por ter de me pesar e dizer ao médico que não baixara mais o peso. Lembro as milhentas flexôes matinais porque queria queimar as calorias «a mais» da fatia de queijo.

Quando conheci o meu marido, tinha 42kg. O carinho e a força que me deu, obrigando a ver no espelho tal como ele me via, levou-me a tentar fazer uma refeição de faca e garfo. Ele que tanto aprecia a boa comida, detestava comer sozinho e foi assim aos poucos que dois anos depois, quando casamos (tinha eu 25 anos) estava com 44kg. Tinha, mas depressa voltei aos 40kg! A minha preocupação em que a pílula me fizesse engordar foi a desculpa. Na realidade a aversão aos alimentos mantinha-se. Quando tentei engravidar o médico deu-me um ultimato, ou engorada ou não consegue. Três anos e dois abortos depois, veio o Rafa. O meu peso oscilou muito na gravidez. Uma anoréctica não quer comer mas não é burra.

Sabia que tinha de ganhar peso pela saúde do bébé. Foi por essa altura que uma grande amiga me consegui levar a descobrir outras formas de vida. Mais naturais, menos agressivas, as comidas de estilos vegetarianos ou mesmo macrobióticos, começaram a fazer parte do meu menú.

Aos pouco fui adaptando. Passei a ingerir mais quantidade de cada vez, passei a ter menos aversão a certos alimentos e começei a gostar muito de cozinhar. Introduzi a carne (só de aves, 2x por semana e peixe 3 a 4x) Não consigo beber leite mas optei pelos derivados da soja. Se me apetecer um doce, como mas não como mais do que 2 por semana e se o fizer num dia de semana, vou cortar noutra coisa qualquer.

Tenho como meta manter os 45/46kg, depois da segunda gravidez (em que engordei apenas 6 Kg) recuperei cheguei aos 48!

Sei que tenho de me alimentar. Tenho uma vida activa e duas crianças pequenas. Numa semana de mais stress, chego a perder três kg. Por isso luto por comer mesmo que não sinta vontade. Sei que se não fizer o pequeno almoço, posso andar o dia inteiro sem comer nada e não dar por isso!

Posso não ter a imagem ideal mas aprendi a viver comigo tal como sou. Aceito-me e quero continuar a cuidar de mim.

A anorexia é uma teia que nos enrola cada vez mais. Não conseguimos parar, queremos ficar sempre mais magras. Tenho medo sempre que ouço miúdas falarem em dietas. Apavora-me que fiquem como eu fui em tempos, pois sei que o bichinho continua lá dentro á espreita." Fonte (
aqui)
Fotografia: Simona Ghizzoni

Mar 23, 2010

.."Dias Estranhos" projecto jornalístico (...) distúrbios alimentares



"A Fnac associa-se ao Prémio PHotoEspaña OjodePez de Valores Humanos e apresenta, nos seus espaços, uma selecção das reportagens fotográficas premiadas. A edição deste ano galardoou a fotógrafa italiana Simona Ghizzoni com a reportagem “Dias Estranhos”, um projecto jornalístico que acompanha diferentes raparigas que padecem de distúrbios alimentares e que vivem em clínicas especializadas naquele tipo de doenças.
Tendo como cenário as instalações de clínicas italianas, esta selecção de fotografias documenta vários instantes da vida destas jovens, desde os primeiros momentos em que a magreza extrema ainda é sinónimo de risco de vida, até ao longo e árduo caminho da recuperação, através de sessões de terapia." (cont.) Fonte Agenda FNAC Para quem vive na zona de Lisboa: Alfragide 14.01.2010-22.04.2010

..26 Março (6ªfeira) Reunião da AFAAB

Na próxima sexta feira dia 26 de Março terá lugar a habitual reunião mensal da AFAAB

Mar 13, 2010

Ode ao gato
Poema de Pablo Neruda
Tradução de Eliane Zagury
adaptada por esqueciaana

Os animais foram criados imperfeitos,

compridos de rabo, tristes de cabeça.
Pouco a pouco foram melhorando,
fazendo-se paisagem, adquirindo pintas, graça, vôo.
O gato, só o gato apareceu completo e orgulhoso:
nasceu completamente terminado, anda sozinho e sabe o que quer.
O homem quer ser peixe e pássaro,

a serpente quer ter asas,
o cão é um leão desorientado,
o engenheiro quer ser poeta,
a mosca estuda para andorinha,
o poeta imita a mosca,
mas o gato quer ser só gato
...
(continua
aqui)
Imagem (para ampliar clique na imagem): flickr cc (
tassiesim aqui)

Mar 10, 2010

>> "Narciso e Eco..."

Espero que gostem tanto de ler o post da V. Marsden quanto eu (aqui).

Mar 9, 2010

>> Anorexia ( 90%-100% do tempo pensar em comida)

Eu pensava muito em comida, sonhava com comida. Lembro nas aulas de desligar do que os professores estvam a dizer e 'ver' no quadro comida e quadros de calorias. Tinha muita dificuldade em me concentrar. As conclusões de um estudo em seguida apresentado mostram como esse comportamento é generalizado. " Na nossa prática clínica inquirimos 1000 indivíduos com doenças do comportamento alimentar. Os resultados mostraram que as pessoas com anorexia nervosa ocupam 90% a 100% do tempo em que estão acordadas a pensar em comida, peso e fome; para além disso sonham com comida e podem ter o sono perturbado pela fome. Os doentes com bulimia referiram que gastavam 70-a 90% do tempo em que estavam acordados a pensar em comida ou em assuntos relacionados com o peso. (...) Por comparação, as mulheres com hábitos alimentares normais gastavam 10 a 15 minutos a pensarem em alimentação, peso ou fome" Fonte original: Reiff D and Lampson-Reiff KK. Eating Disorders: Nutrition Therapy in the Recovery Process. Mercer Island, WA: Life Enterprises, 1999. Fonte secundária:NEDA.

Mar 8, 2010

>> 500 anos de retratos de mulheres na arte ocidental

A maior parte das obras apresentadas foram criadas por pintores. O video foi feito por 
Philip Scott Johnson 500 Years of Female Portraits in Western Art
Music: Bach's Sarabande from Suite for Solo Cello No. 1 in G Major, BWV 1007 performed by Yo-Yo MaNominated as Most Creative Video2nd Annual YouTube AwardsFor a complete list of artists and paintings visit http://www.maysstuff.com/womenid.htmHigh resolution version:http://www.vimeo.com/1456037Contact information:eggman913@gmail.com

Mar 5, 2010

>> Anorexia em "Toda a Verdade" SIC (II)

Tinhamos anunciado um programa na SIC (Toda a Verdade) sobre anorexia. Vimos o programa, um documentário de cerca de uma hora composto principalmente por depoimentos de raparigas (holandesas?) em recuperação em clínicas. Alguma informação sobre as terapias usadas (por exemplo trabalho artístico; terapias não verbais) . Faltou ao programa ser mais informativo (sobre a doença) e uma maior intervenção de especialistas. O que me ficou do que vi e ouvi? É estranho mas foi a 'tristeza no olhar' esse parecia ser o que ligava todas as jovens entrevistadas.
Frases soltas: "Nos sites [pró-ana promorte] pelo menos temos amigos [?] pessoas que sentem o mesmo que nós [tenho dúvidas]" . "Sentimos que ao mesnos somos boas em alguma coisa""estou sempre a pensar noutra coisa como se não esteja ali""tenho medo de saber o que serei sem a doença""tinha só oito anos e os médicos disseram que a nossa filha não podia ter anorexia""a clínica não aceita menores de 16 anos" " há uma lista de espera""sempre quis controlar tudo, agora é isto que me controla a mim""4 básicos: zanga, medo, felicidade e trizteza".
Alguém viu o programa e gostará de comentar, interrogar etc?
Imagem: flickr cc (aqui)

Mar 4, 2010

>> "Ainda há tempo para salvar o 'normal'..." ( Allen Frances / Vanessa Marsden)

Já referimos em vários posts o DSM (por exemplo AQUI; para mais ver no search) . No blogue da Vanessa Marsden encontra-se traduzido um artigo de opinião publicado originalmente no Los Angeles Times, 1 de Março 2010. Obrigada Vanessa por tornares mais acessível um texto que vale bem a pena ser lido e debatido.
[ relativo ao diagnóstico das doenças mentais]
Ainda há tempo de salvar o "normal"
O último DSM da psiquiatria vai muito longe ao criar novos transtornos mentais
por Allen Frances

" Como presidente do grupo que criou o atual Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders (DSM-IV), publicado em 1994, aprendi com O manual, preparado pela Associação Americana de Psiquiatria, é a única via oficial para um psiquiatra decidir quem tem um "transtorno mental" e quem é "normal" [nota de Vanessa Marsden: Isso ocorre nos EUA. No resto do mundo também utilizamos o CID-10]. As aspas são necessárias porque a distinção é muito difícil de se fazer na confusa fronteira entre os dois. Se os requerimentos para diagnosticar um transtorno mental são muito rígidos, algumas pessoas que precisam de ajuda ficarão de fora; mas se eles são muito frouxos, pessoas normais receberão tratamento desnecessário, caro e às vezes, prejudicial " (
continuar a ler)
imagem: flickr cc (aqui)

Mar 1, 2010

>> Comunicar com a mãe e com o pai ( 67 873 jovens, 41 países)





click nos mapas para ampliar

Já em anterior post tinhamos feito referência a este estudo a propósito da prática de dietas pelos jovens entre os 11 e os 15 anos (aqui). No mesmo relatório relatório da organização Mundial de Saúde (OMS-WHO), que se baseia em inquéritos efectuados a 67873 jovens de 41 países, são também efectuadas questões em relação à comunicação com o pai e com a mãe. Apresentamos os 4 mapas referentes aos resultados para os jovens de 15 anos (rapazes e raparigas) os dois primeiros em relação à mãe e os dois últimos em relação ao pai. No relatório pode ler-se : " A comunicação entre pais e filhos é um dos dos elementos básicos da família enquanto contexto de desenvolvimento e é também um elemento de protecção na adolescência [1]. Tem especial relevância o papel dos pais no desenvolvimento das competências de comunicação dos filhos, nas atitudes e nos comportamentos. Uma comunicação fácil com os pais é considerado um indicador quer de um apoio social e da coesão familiar, sendo os pais uma base importante de apoio durante o período da adolescência [2]. A importância da relação positiva com os pais tem sido bem documentada, em particular em relação à redução dos níveis de comportamento de delinquência [3,4]; comportamentos não saudáveis/de risco[5]; depressão [6]; sintomas psicosomáticos[7]. Em especial os adolescentes que registaram uma comunicação fácil com as mães possuem maior probabilidade se referirem uma saúde boa ou excelente e menor probabilidade de serem fumadores [8,9] consumidores frequentes de álcool[9,10] ou activos sexualmente [5]. { nota de esqueciaana: os jovens estudados possuem idades entre os 11 e os 15 anos apenas}.
Referências
1. Rodrigo MJ, Palacios J, eds. Familia y desarrollo humano [Family and human
development].Madrid, Alianza, 1998.
2. Laursen B. Con.ict and social interaction in adolescent relationships. Journal of
Research on Adolescence,1995, 5(1):55–70.
3. Youniss J, Yates M, Su Y. Social integration, community service and marijuana
use in high school seniors. Journal of Adolescent Research, 1997,
12(2):245–262.
4. Bogard L. Af.uent adolescents, depression and drug use: the role of adults in
their lives. Adolescence,2005, 40:281–306.
5. Resnick MD et al. Protecting adolescents from harm: .ndings from the National
Longitudinal Study on Adolescent Health. Journal of the American Medical
Association,1997, 278:823–832.
6. Young JF et al. The role of parent and peer support in predicting adolescent
depression: a longitudinal community study. Journal of Research on Adolescence,
2005, 15(4): 407–423.
7. Murberg TA, Bru E. School related stress and psychosomatic symptoms among
Norwegian adolescents. School Psychology International,2004, 25(3):317–322.
8. Andersen MR et al. Mothers’ attitudes and concerns about their children
smoking: do they in.uence kids? Preventive Medicine,2002, 34:198–206.
9. Zambon A et al. Socio-economic position and adolescents’ health in Italy: the role
of the quality of social relations. European Journal of Public Health, 2006,
16(6):627–632.
10.Del Carmen Granado Alcon M et al. Greenlandic family structure and
communication with parents: in.uence on schoolchildren’s drinking behaviour.
International Journal of Circumpolar Health,2002, 61:319–331.
AS PERGUNTAS: os jovens foram questionados sobre se era fácil falar com a mãe sobre os assuntos que os preocupavam. As opções de resposta extrema eram eram 'muito fácil' e 'muito difícil'. Os mapas mostram a percentagem no total que respondeu 'fácil' ou 'muito fácil'. Idêntica pergunta foi feita em relação ao pai.
Resultados do inquérito (ver mapas e posição relativa de Portugal). Em relação a falar com o pai sobre os assuntos que os preocupam existe uma clara diferença entre rapazes e raparigas e também diferença entre países.
Quanto a falar com a mãe também as diferenças entre os países é menor assim como a diferença entre filhos e filhas. O que existe de comum em todos os países é que decresce com a idade (nota: no mapa apenas estão representados os resultados para os 15 anos de idade).
De uma forma geral a influência da família (comunicação na família) parece ser maior nas raparigas que nos rapazes .
REFERENCES (adicionais)
1. Lewis C. Becoming a father.Milton Keynes, Open University Press, 1986.
2. DeKlyen M, Speltz ML, Greenberg MT. Fathering and early onset conduct
problems: positive and negative parenting, father-son attachment, and the
marital context. Clinical Child and Family Psychology Review,1998, 1:3–21.
3. Amato PR, Gilbreth JG. Non-resident fathers and children’s well-being: a meta
analysis. Journal of Marriage and the Family,1999, 61:557– 574.
4. Stewart A et al. Separating together: how divorce transforms families.New York,
NY, Guilford, 1997.
5. Dunn J. Children’s relationships with their non-resident fathers. Journal of Child
Psychology and Psychiatry,2004, 45:659–671.
6. Dias SF, Matos MG, Goncalves AC. Preventing HIV transmission in adolescents:
an analysis of the Portuguese data from the Health Behaviour in School-aged
Children study and focus groups. European Journal of Public Health, 2005,
15(3):200–204.
7. Del Carmen Granado Alcon M, Pedersen JM, Carrasco Gonzalez AM.
Greenlandic family structure and communication with parents: in.uence on
schoolchildren’s drinking behaviour. International Journal of Circumpolar Health,
2002, 61:319–331.
8. Amato PR. Father–child relations, mother–child relations and offspring
psychological well-being in early adulthood. Journal of Marriage and the Family,
1994 56:1031–1042.
9. Hwang CP, Lamb ME. Father involvement in Sweden: a longitudinal study of its
stability and correlates. International Journal of Behavioural Development,1997,
21:621–632.
10. Ackard DM et al. Parent-child connectedness and behavioural and emotional
health among adolescents. American Journal of Preventive Medicine, 2006,
30(1):59–66.
FONTE: Organização Mundial da Saúde - WHO World Health Organization. O inquérito em que se baseia o relatório foi levado a cabo por equipas de cada um dos países. Em Portugal foi uma equipa de investigadores da Faculdade de Motricidade Humana da Universidade Técnica de Lisboa (FMH-UTL).INEQUALITIES IN YOUNG PEOPLE’S HEALTH HEALTH BEHAVIOUR IN SCHOOL-AGED CHILDRENINTERNATIONAL REPORT FROM THE 2005/2006 SURVEY (aqui na página da WHO-OMS) de HBSC INTERNATIONAL COORDINATING CENTRE, Child and Adolescent Health Research Unit (CAHRU); The Moray House School of Education; University of Edinburgh, http://www.education.ed.ac.uk/cahru