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Dec 29, 2012

..."A Solidão no Feminino" (Ana Almeida, Blogue Salpicos)


Respostas dadas por Ana Almeida (Blogue Salpicos) à jornalista Sofia Cardoso. Notas do esqueciaana: Transcrevo a resposta à questão 3 (convido a ler as restantes 13 respostas aqui: http://psisalpicos.blogspot.pt/2012/12/solidao-epidemia-secreta-da-era-da.html

3. A partir de que momento, deixamos de estar perante uma solidão saudável? Quais são os sinais de alarme que indicam que a solidão passou a ser uma“obsessão” ou um problema psíquico, resultante da dificuldade de integração social?
Sinais de Alarme:
- Sentimentos de tristeza constantes associados ao fato de estar sozinho
- Sentimentos constantes e persistentes de vazio emocional
- Consciência dolorosa de isolamento social e emocional
- Evitar persistentemente ir para casa para não se confrontar com a casa vazia
- Dormir pouco (porque nunca se consegue estar em casa ou não se consegue descansar em casa) ou dormir muito (refugiar-se da consciência da solidão no sono)

- Evitar pessoas por ter a sensação de que já não sabe o que dizer nem como estar
- Passar frequentemente mais de 48horas (habitualmente fins-de-semana para as pessoas que trabalham fora de casa) sem falar com ninguém seu conhecido
- Perda de apetite recorrente quando está sozinho ou inversamente incapacidade de controlar a ingestão de alimentos muito calóricos
- Ficar num estado de grande ansiedade quando está sozinho por períodos prolongados
- Sentir-se mal quando está com pessoas
- Abandonar relações amorosas por se sentir incapaz de fazer cedências ou modificar o seu estilo de vida autocentrado."

Ler as restantes respostas aqui: http://psisalpicos.blogspot.pt/2012/12/solidao-epidemia-secreta-da-era-da.html

Imagem de Flickr cc http://www.flickr.com/photos/25297401@N08/4299430183/in/photostream/

Dec 21, 2012

... Natal, e não Dezembro [...] Das mãos dadas talvez o fogo nasça[...](poema de David Mourão-Ferreira)

Natal, e não Dezembro

Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio,
no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos, e depressa, em qualquer sitio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.

Entremos, dois a dois : somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos, despojados, mas entremos.
Das mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.

David Mourão-Ferreira


Imagem:  
Maria Helena Vieira da Silva, História Trágico-Marítima ou O Naufrágio, 1944

Dec 11, 2012

...Testemunho (T.:"Quem dera que a anorexia fosse um capricho de miuda mimada")

Testemunho de T.
" E as pessoas não imaginam o quanto gostariamos que isto fosse apenas uma "doença/fase da adolescência"... Teria por certo um fim prometedor...
mas o maior problema (do que tenho pensado) da anorexia é que depois de algum tempo em tratamento: anos, muitos anos! é que quando começamos a comer vemos que o mais difícil de tratar não é recompor os valores do corpo nem sequer é comer adequadamente... o que tudo isto esconde é que é verdadeiramente dificil de pensar e resolver...
Hoje digo QUEM ME DERA QUE CURAR UMA ANOREXIA FOSSE COMER E TER UM IMC 18,5! Os medos profundos, a tristeza, a raiva, a revolta, a extrema necessidade de afecto, de nos sentirmos amadas... tanta coisa tão mais dificil de resolver que um dia abafámos por trás de um medo imenso da balança, de comer isto ou aquilo, de controlar medidas, calorias, refeições...
Quem dera que a anorexia fosse um capricho de miuda mimada..."
 
 

Dec 10, 2012

...Ada Lovelace (1815-1852) programadora

Matemática, programadora (para alguns a primeira) vale a pena conhecer a vida desta mulher (em português; em inglêsque hoje o Google homenageia assim:
 

Dec 5, 2012

...Descodificação da Anorexia (Decoding Anorexia de Carrie Arnold)





 
Podemos 'espreitar' este livro da Carrie Arnold acabado de publicar aqui ou fazendo clique na imagem da capa acima. Da apresentação do livro da Amazon retiramos:(cito)
 



"Decodificação da Anorexia (Decoding Anorexia)  é o primeiro e único livro que explica a anorexia nervosa na perspectiva da biologia. As descrições claras relativas à genética e à neurociência  são acompanhadas de descrições na primeira pessoa e testemunhos pessoais sobre o significado das diferenças biológicas para os doentes. A autora, Carrie Arnold, é uma cientista experiente, uma escritora científica, e sofreu de anorexia. Carrie dialoga com médicos, investigadores, pais e outros familiars e com os doentes sobre os factores que tornam as pessoas vulneráveis à anorexia.  Carrie fala também da neuroquimica por detrás da restrição alimentar, e de como é difícil abandonar a anorexia. A autora trata ainda de :
-Como o ambiente envolvente é ainda importante e afecta os comportamentos,
-As características das pessoas com risco mais elevado de desenvolverem anorexia
-Porque é que as pessoas com anorexia consideram a fome “recompensadora”
-Porque é que a negação da doença é tão característica e como é que os doentes a podem superar
Carrie ainclui ainda entrevistas com figuras ligadas à doença que explicam o trabalho desenvolvido e como contribui para compreender a anorexia.
Durante muito tempo pensada como uma doença psicosocial de adolescentes (*), este livro altera a forma como a anorexia é compreendida e tratada e dá aos doentes, aos médicos e especialista  que os acompanham e às famílias factores de esperança."

(*) Nota de esqueciaana: Testemunho de T. recebido como comentário e que transcrevo: 
" E as pessoas não imaginam o quanto gostariamos que isto fosse apenas uma "doença/fase da adolescência"... Teria por certo um fim prometedor...
mas o maior problema (do que tenho pensado) da anorexia é que depois de algum tempo em tratamento: anos, muitos anos! é que quando começamos a comer vemos que o mais difícil de tratar não é recompor os valores do corpo nem sequer é comer adequadamente... o que tudo isto esconde é que é verdadeiramente dificil de pensar e resolver...
Hoje digo QUEM ME DERA QUE CURAR UMA ANOREXIA FOSSE COMER E TER UM IMC 18,5! Os medos profundos, a tristeza, a raiva, a revolta, a extrema necessidade de afecto, de nos sentirmos amadas... tanta coisa tão mais dificil de resolver que um dia abafámos por trás de um medo imenso da balança, de comer isto ou aquilo, de controlar medidas, calorias, refeições...
Quem dera que a anorexia fosse um capricho de miuda mimada..."