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Sep 4, 2014

Estudantes Universitários em Risco/ University Students at Risk


 
(transcrevo pela urgência e prometo tradução para breve)

University Students At Risk

By AMIRA SHEHATA
Published: September 3, 2014
Beginning college is a monumental transition in the lives of adolescents all over the world. This transition brings with it a mixed bag of blessings and challenges. Students sacrifice their safety nets of family, friends, and hometown familiarity for a world of boundless opportunity; exposure to diverse cultures; limitless knowledge; and, on the darker side, new challenges and stressors. They start to feel both physical and mental pressures including demanding academic schedules, cafeteria-style eating, changes in physical activity, pressures to “fit in,” and making new friends.
The many challenges of the university experience can turn college campuses into “incubators” for eating disorders. Transition times are typically high-risk periods for the emergence of eating disorders and the sheer number of changes that the transition to college entails can create the perfect conditions for the emergence of an eating disorder. It comes as no surprise that eating disorders are prevalent on college campuses. Studies indicate that 91% of women in college attempt to diet in order to control their weight, while 25% engage in binge eating and purging. Up to 61% of college students (of both sexes) exhibit disordered eating. The most common eating disorder on campuses is probably one you might never have heard of, namely binge-eating disorder, or BED. BED is characterized by binge eating (eating an unusually large amount of food in a discrete period of time and feeling out of control over eating or like you can’t stop eating).
Raising awareness about body image and healthy eating can be a first step in removing weight stigma and reducing eating disorders on college campuses. Educate yourself about eating disorders so you will be better equipped when trying to help someone in need. After doing so, raise awareness so that other students understand what eating disorders are and how they can find help if they need it. Here are a few tips for helping your friends who are battling eating disorders:
  • Tell your friend you are concerned about them and have an honest conversation where the focus is not on body image, but rather on health
  • Compliment your friend’s success, personality, and achievements—not just their appearance
  • Be a good role model – exemplify healthy eating habits
  • Let your friend know you are always available for support and help
  • Make your friend aware of the resources on campus. Offer to accompany them if they choose to take advantage of these resources
  • Recognize and set your limits. If the situation is out of control, go to a professional.
Many college campuses have resident advisors (RA) in their dorms who can counsel and refer them to professionals for treatment. There are many college organizations that focus on erasing the stigma of mental health and eating disorders, and can be great support systems for individuals suffering from eating disorders on campus. Moreover, within campus health there is usually a counseling and psychological services division (CAPS). Any student who wants to discuss his/her physical, emotional, spiritual, or mental well being can walk in or set up an appointment with a counselor for individual, couples, or group therapy. University affiliated hospitals also exist and may house specialized eating disorder centers that provide therapy, nutritional counseling, medication management, and physical monitoring.
For students at UNC-Chapel Hill who may be suffering from an eating disorder or know someone who is, a list of resources can be found on the UNC CEED website. Also, register to attend one of Embody Carolina’s 4-hour peer lead workshops, which provide education and training to students on how to serve as compassionate and effective allies to those struggling with eating disorders on campus. Embody Carolina is an accredited Buckley Public Service Scholars (BPSS) Skills Training and can be used to fulfill the requirements of the BPSS program. You can also join the Embody Carolina team, serving on the leadership board, leading training workshops, or participating in outreach initiatives on campus, thereby helping to create a more protective environment for individuals vulnerable to or currently struggling with eating disorders on campus.
Resources:
National Eating Disorders Association. N.p., n.d. Web. 11 Aug. 2014.
National Association of Anorexia Nervosa and Associated Disorders. N.p., 1976. Web. 11 Aug. 2014
 
photo credit: Avolore via Creative Commons

Jun 26, 2014

"Agora existo. Agora sou eu!…" (Testemunho)


(nota do esqueciaana em 26.06.2014: transcrevo com o coração a transbordar de alegria um comentário que acabei de ler recebido da . Os bolds são de esqueciaana. Um testemunho de que SIM!  é possível ficarmos LIVRES. Parabéns! Obrigada pelo teu testemunho! Obrigada pelas tuas (sábias, de experiência feitas...) palavras.
 
"Minha querida, é sempre bom voltar aqui… agora com uma presença diferente na vida.
 
Agora existo. Agora sou eu!…
 
Como tu sabes e acompanhaste, vivi muitos anos agarrada à doença mas também fui amiga de uma rapariga a quem detectei anorexia (já nessa altura eu mentia sobre mim)..
 
Todas estas dicas [refere-se ao post como ajudar uma amiga] são muito úteis para quem pouco sabe mas é preciso percebermos quem temos à frente e fazer uma triagem das características patológicas que ela apresenta e uma triagem nas nossas palavras para lhe chegar… quantas vezes eu deixei de falar com amigos por terem sido muito invasivos ou por me sentir atacada em vez de ajudada… é preciso assertividade mas deixar de lado os chavões… é preciso ser firme e dizer que estamos ali para ajudar a pessoa, não a doença.
 
Enquanto amigo é preciso não se iludir que vai salvar a doente… aconteceu-me ao longo de 10 anos de fase aguda, algumas pessoas aproximarem-se e quererem salvar-me… isso acabou com a possibilidade de continuarmos uma grande amizade… porque havendo a ilusão que aqui alguém salva alguém, acaba-se na desilusão de isso não acontecer… a maioria dessas pessoas acabou a cobrar-me uma força que eu não tinha sempre com frases do género "eu só acredito quando vir" "tu não queres sair disto" ou ainda "tu vais morrer"… isto claro, acompando a grande mágoa e frustração por me verem voltar a cair depois de tentativas de sair do fundo… Estas coisas pesaram-me em vez de ajudar… fizeram-me sentir que toda a gente que se aproximava iria sair triste e desiludida de ao pé de mim… a depressão em que estava generalizava os casos: de algumas pessoas, passei a julgar que qualquer pessoa no mundo que se aproximasse de mim, sairia magoado.
 
Fosse por este ou por outro motivo qualquer… E demorou até conseguir aproximar-me de outra pessoa… sempre com muitas reservas e com muitas máscaras…
 
E quando finalmente dei a volta tive de o fazer praticamente sozinha. Eu e a minha psicologa que me ia ouvindo… aluguei uma casa, trabalhei todos os dias para pagar as contas. Foi esse compromisso que me prendeu à vida e me libertou da doença… =)
 
Mas a solidão a que me obriguei foi só o meu método… aconselho sempre a que o façam rodeados, a partilhar jantares e pasteis de nata! A vida faz sentido partilhada… e é à procura dessa partilha que devemos esforçar-nos para sair da doença.grande beijinho minha querida! "
 

Feb 22, 2014

...como ajudar uma amiga

(nota de esqueciaana: já antes tinha publicado este post, uma leitora do blogue pediu-me para o divulgar outra vez)
Sei por experiência própria como 'os outros' podem ser muito importantes no tratamento e recuperação. Não quaisquer 'outros' mas sim quem, mesmo que não entenda completamente nem sequer parcialmente a doença, nos faz ter novos olhares para a vida. Quem construa as pontes entre o nosso mundo interior de sofrimento e a vida lá fora onde podemos descobrir a alegria.

Os sites informativos e de apoio a familiares e amigos sobre a anorexia e bulímia (ver links do lado direito) por vezes fornecem indicações específicas para grupos dos que são próximos do doente, tais como a familia e em particular os pais, os professores e ...AS AMIGAS (cito adaptando: "Caso suspeite ou tenha a certeza de que uma amiga sua tem problemas relacionados coma a alimentação..."). Pergunto eu: e OS AMIGOS? e O NAMORADO? Os rapazes e homens são não apenas uma minoria dos doentes anorécticos e bulímicos (pelo menos no que é estatisticamente conhecido), ELES também parecem estar um tanto à margem na informação sobre os OUTROS que podem ajudar.
 
No entanto, encontramos em vários testemunhos a importância do NAMORADO, do NOIVO, do MARIDO na procura de cura e recuperação da doença de TA. Sendo a partilha mútua nas relações amorosas mais intensa que noutras, não é de admirar que nelas seja possivel ultrapassar dificuldades em expressar sentimentos por parte de quem está doente, e que por isso sejam os namorados quem, ainda antes de pais, irmãos, amigas ou amigos se apercebem que alguma coisa não está bem. Não encontrei ainda no entanto nenhum texto que 'explique' e dê o devido destque a importância dos NAMORADOS (os príncipes! alguns que precisam ter uma coragem extrema!) .
 
Voltando às AMIGAS (supondo que quem sofre de AN é uma rapariga) existem algumas recomendações que abaixo alinho comentando. E o meu primeiro comentário é que não existindo receitas para a amizade, o que a seguir se escreve são apenas algumas indicações que em média se ajustam a cada caso concreto.
 
COMO PODES AJUDAR A TUA AMIGA?
 
(texto adaptado do original aqui e aqui)
 
+ A tua amiga é inteligente, informada, determinada...mas é característica da doença negá-la e recusar opiniões dos outros (mesmo das amigas) sobre o seu problema (que geralmente não identifica como tal). São raros os casos em que a doente resolve tratar-se por iniciativa própria. Como amiga dela procura em conjunto com outros que lhe são próximos que ela tome consciência do problema e comece a tratar-se com especialistas adequados. Não fiques frustrada com a tua (muitas vezes aparente) impotência para alterar a situação. Ela também se sente possivelmente muitas vezes impotente para se mudar. Não fiques zangada se muitas vezes ela 'te deixar a falar sozinha'.
 
+ A tua amiga pode estar está em risco de vida.A anorexia alimentar e os transtornos alimentares (TA) são doenças graves. Procura que contacte uma equipa especializada. Ajuda-a a dar o primeiro passo para o tratamento. Procura informar-te mais sobre a doença e encontrar os serviços de apoio a familiares e amigos e os serviços médicos públicos ou privados a que ela poderá recorrer na tua região. Mas atenção, por muito que julgues saber sobre a doença, lembra-te que apenas os profissionais poderão fazer um correcto diagnóstico e traçar caminhos para o tratamento e cura.
 
+ Evita centrar todas as conversas com ela na comida ou na aparência física. Comentários mais ou menos irónicos como 'qualquer dias desapareces', 'és só pele e osso', 'andas com dietas malucas' ou até elogiosos ' estás com um corpo fantástico! quem me dera vestir o 36 como tu'. Ou mesmo de incentivo a ganhar peso ' estás mais gordinha e fica-te bem' (pessoalmente tenho a impressão que se este último comentário vier de um amigo não será muito negativo, mas estamos a falar de amigas).Não te esqueças que a tua amiga tem parte da vida focada na aparência física (tentando dizer com o corpo o que ninguém é capaz de escutar) e nas calorias por isso, não lances mais fogo para essa fogueira. Fala com ela sobre arte, música, estudos, trabalho, viagens, projectos futuros.
 
+ Faz a tua amiga sentir (não por palavras de preferência) que ela tens excelentes qualidades e que ninguém é perfeito. Mostra-lhe a tua amizade por actos. Lembra-lhe que todos cometemos erros. E que a errar se aprende. Abre-lhe também o teu coração. É dos livros que quem sofre de TA mente sobre o comportamento e por vezes mente também compulsivamente (é uma componente da doença e como tal deve ser compreendida). Mas a identificação por ti de uma inverdade pode ser positivo. E mostrar que de quem gostamos esperamos sinceridade, não falsidade.
 
+ Procura que ela saia. Há muitas formas de sair. Sair da casca por exemplo ;) Conviver com outras pessoas diferentes. Pessoas com projectos, ideias, imaginação. Pessoas abertas a outras pessoas. Por vezes com a mesma idade as pessoas apresentam maturidades muito diferentes. E não raro quem sofre de TA tem níveis de maturidade e culturais acima da média. Muito possivelmente a tua amiga questiona-se e questiona os outros e o sentido da vida. Por isso ambientes em que dominem pessoas fúteis e vazias podem ser agressivos para ela. Mas cada um de nós é uma caixinha de surpresas. As possibilidades de convívio hoje em dia são imensas. procura que ela retome a alegria e sociabilidade que tinha antes da doença, mas sem pressas, sem forçar. A doença por vezes vai-se instalando de-va-ga-ri-nho e não é do dia para a noite que desaparece.
 
+ O que ela deve ou não comer deve ser recomendado pelos especialistas em nutrição e/ou endocrinologista. Se estiveres com ela durante as refeições principais, festas ou outras situações que envolvam comida procura comportar-te normalmente. Não adoptes uma posição de vigilância ou controlo sobre o que ela come ou de recomendações do tipo 'lá estás com a mania das calorias, não sejas parva vá lá come a bolacha', etc.
 
+ NÃO DESISTAS. O teu apoio pode não dar de imediato resultado. Tens que ter paciência se a tua amiga depois de parecer estar a recuparar tiver uma recaída. Não desistas da tua amiga, mantém o teu apoio mesmo durante uma recaída, evita comentários do tipo 'és uma fraca desisto'.´A tua amiga se tiver uma recaída já se sente suficientemente mal sem esses comentários 'amigos (por vezes pretendem ser para mostrar a dura realidade').Se ela for internada e os médicos não virem inconveniente e perceberes (as amigas verdadeiras percebem os sins mesmo quando ouvem não e vice versa) que ela o quer visita-a.
 
+ Se o conhecimento que com ela tiveres for principalmente ou exclusivamente virtual procura que ela reforce os laços com o MUNDO REAL. Os ombros virtuais não passam disso...virtuais. Nada substituí os ombros REAIS. para além disso estando a tua amiga psicologicamente fragilizada pode ser alvo de comportamento predatórios no mundo real e na internet.
 
+ Na Internet circula muita informação errada, nuns casos inconscientemente noutros, mais graves, conscientemente e criminosamente errada. Medicamentos, práticas e dietas que pululam na internet nos sites pro-ana e pro-mia e também noutros sites orientados comercialmente são muito perigosos. Dicas de emagrecimento que são fornecidas, por vezes sob capa de fundamentos científicos são autênticas 'receitas de morte'.
 
+ Lembra-te SEMPRE: A TUA AMIGA NÃO TEM CULPA. DEIXAR DE COMER NÃO É A DOENÇA, É O SINTOMA.
Procura ajuda para a tua amiga. Alguns contactos AQUI.
Foto f
Comentários recebidos a mensagem identica antes publicada no esqueciaana:

foreveryoung disse...
Qerida "esqeci-a-ana"...
Antes de mais qero voltar a agradecer pela maneira como te tens exprimido comigo porqe nota-se mesmo qe já passaste por isto tudo e és perfeitamente consciente a falar sem nunca "exigires" de mim coisas exageradas como às vezes me acontece por parte de pessoas qe desconhecem o problema em si! Quanto ao qe escreveste tens toda a razão..a fluoxetina tira-me o apetite e altera o meu humor (às vezes..ultimamente mais!)..mas a verdade é qe fico mesmo sem fome nenhuma e se o esforço por comer é grande já quando temos fome (contraditório?) então quando não temos aínda mais complicado é. Suponho qe me estejas a perceber. Mas ao mesmo tempo não qero de maneira nenhuma dizer isto ao psiquiatra porqe vou ser sincera..tenho medo qe ele me recomende tomar algo para abrir o apetite. Isso aterroriza me! Beijinho enorme, parabéns pelo post, até o patrocinei no meu blog :) ehehe
ex ana disse...
Eu já passei não direi por tudo, mas por algumas coisas parecidas.
Se o teu fim de semana foi inesquecível o que achas de ter a seguir uma semana igualmente BOA e inesquecível?
p.s.- Agradeço muito o 'patrocínio'. Não queres juntar sugestões? Prometo fazer uma actualização do post e prestar devida atribuição (ou não) como preferires. 30 de Novembro de 2009 20:41
aqui

Fotografia de flick cc aqui

Oct 21, 2013

programa de Ana Maria Braga (Globo Brasil) e anorexia . Procure Ajuda!


 
O programa de Ana Maria Braga da Globo Brasil apresenta alguns vídeos de testemunhos da anorexia assim como são indicados alguns sites no Brasil que apoiam os doentes. Apresento os títulos e os links abaixo e no final a lista dos locais de apoio listados na página da Globo.

A autora do programa:
http://globotv.globo.com/rede-globo/mais-voce/v/ana-maria-conta-os-dados-alarmantes-da-anorexia-nervosa-que-mata-em-15-dos-casos/2891561/

Deborah Evelyn relembra anorexia na adolescência foi uma fase muito difícil:
http://globotv.globo.com/rede-globo/mais-voce/v/deborah-evelyn-relembra-anorexia-na-adolescencia-foi-uma-fase-muito-dificil/2891582/

http://tvg.globo.com/programas/mais-voce/O-programa/noticia/2013/10/deborah-evelyn-relembra-anorexia-na-adolescencia-foi-uma-fase-muito-dificil.HTML



Mulher que sofre de anorexia mostra o rosto e conta como enfrenta a doença



http://tvg.globo.com/programas/mais-voce/videos/t/programas/v/ana-maria-conta-os-dados-alarmantes-da-anorexia-nervosa-que-mata-em-15-dos-casos/2891561/


http://tvg.globo.com/programas/mais-voce/videos/t/programas/v/especialista-em-transtornos-alimentares-explica-como-comeca-a-anorexia-nervosa/2891586/
Procure ajuda

Em todo o Brasil existem programas que ajudam pessoas que estão passando por este problema, e se você conhece alguém que esteja precisando de amparo, confira a lista de telefones e nomes de instituições que fornecem subsídios a estes casos:
Rio de Janeiro

 Nuttra - Núcleo de Transtornos Alimentares e Obesidade - Telefone: (21) 9367-2369

 PUC - Telefone: (21)221-7577

 GOTA - Serviço de Psiconeuroendocrinologia - Telefone: (21)2507-0065

 UFRJ -Telefones: (21) 295-3208 ramal 22 / 295-3499

 Ambulatório de Transtornos Alimentares do Instituto de Diabetes do RJ - Telefone: (21) 295-3796 / 274-8585

 Psiquiatria da Santa Casa de Misericórdia do Rio de Janeiro - Telefones.: (21) 9367-2369 / (21) 2221-4986 / (21) 2533-0118

São Paulo - Capital

 GATDA - Grupo de Apoio e Tratamento dos Distúrbios Alimentares - Telefones: (11) 3873-7817

 GENTA - Grupo de Estudos em Nutrição e Transtornos Alimentares - Telefone/Fax: (11) 3672-3869

 AMBULIM - Ambulatório de Bulimia e Transtornos Alimentares - do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP - Telefone: (11) 3069-6975

 PROATA - Programa de Orientação e Assistência aos Pacientes com Transtornos Alimentares UNIFESP - Telefone: (11) 5579-1543
Campinas

 Instituto de Psiquiatria de Campinas  - Telefone: (19) 3234-6577

Marília

 Programa de Transtornos Alimentares da Famema/Faculdade de Medicina de Marília - Telefone: (14) 421-1744 Fax: (14) 423-594

Ribeirão Preto

 Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto – USP - Telefones: (016) 602-2559 ou 602-2327

 Bahia

 Irismar Reis de Oliveira - Professor titular de psiquiatria da UFBA - Telefone: (71) 351-5296.

 Ceará

 CETRATA - Centro de Estudos e Tratamento em Transtornos Alimentares - do Hospital das Clínicas da UFC - Telefone: 288-8149

 NEATA - Núcleo de Estudo e Atendimento aos Transtornos Alimentares - do Hospital de Saúde Mental de Messejana, Fortaleza -  Telefone: 488-5880

 Goiás

 Centro de Estudos, Pesquisa e Prática e Prática Psicológica da UCG - Telefone: (62) 227-1198

 Minas Gerais

 G.O.T.A - Grupo Interdisciplinar de Obesidade e Transtornos Alimentares - do Hospital SOCOR - Telefone: (31) 3330-3182

 Paraná

 Ambulatórios de Transtornos Alimentares da Clínica de Psicologia Faculdade de Ciências Biológicas e de Saúde - Universidade Tuiuti do Paraná -Telefones: 331-7845 ou 331-7846

 Rio Grande do Sul

 GEATA - Grupo de estudo e assistência em Transtornos Alimentares - Telefones: (51)3331-7208 / 3333-2540

Jun 10, 2013

...Grupo de Apoio no FACEBOOK (sejam bem-vindos!)

 
 Uma iniciativa da Sílvia Coelho a saudar e participar. Um grupo de entre-ajuda assim definido:
 
"Sendo uma plataforma virtual, onde doentes; ex-doentes; terapeutas; amigos;familiares, dada como necessária no Facebook, uma entidade de e para portugueses ligados ás doenças do comportamento alimentar, foi criado este grupo, com o objectivo de cada um expor os seus receios, dúvidas, experiências de vida, sem quaisquer recriminações, criticas por parte de outros membros.
Aproveito para dizer que isto é um grupo de ajuda e qualquer acto contra qualquer publicação de um membro acerca da sua doença, será excluído do mesmo.
Quero que nos ajudemos uns aos outros, que quem está melhor, que ajude quem ainda está "assombrado" pela doença."

Sejam bem-vindos! Visitem  https://www.facebook.com/groups/575143249164978/

 

 

Feb 2, 2013

...como ajudar a minha amiga ?

(nota de esqueciaana: já antes tinha publicado este post, uma leitora do blogue pediu-me para o divulgar outra vez)
Sei por experiência própria como 'os outros' podem ser muito importantes no tratamento e recuperação. Não quaisquer 'outros' mas sim quem, mesmo que não entenda completamente nem sequer parcialmente a doença, nos faz ter novos olhares para a vida. Quem construa as pontes entre o nosso mundo interior de sofrimento e a vida lá fora onde podemos descobrir a alegria.
Os sites informativos e de apoio a familiares e amigos sobre a anorexia e bulímia (ver links do lado direito) por vezes fornecem indicações específicas para grupos dos que são próximos do doente, tais como a familia e em particular os pais, os professores e ...AS AMIGAS (cito adaptando: "Caso suspeite ou tenha a certeza de que uma amiga sua tem problemas relacionados coma a alimentação..."). Pergunto eu: e OS AMIGOS? e O NAMORADO? Os rapazes e homens são não apenas uma minoria dos doentes anorécticos e bulímicos (pelo menos no que é estatisticamente conhecido), ELES também parecem estar um tanto à margem na informação sobre os OUTROS que podem ajudar.
No entanto, encontramos em vários testemunhos a importância do NAMORADO, do NOIVO, do MARIDO na procura de cura e recuperação da doença de TA. Sendo a partilha mútua nas relações amorosas mais intensa que noutras, não é de admirar que nelas seja possivel ultrapassar dificuldades em expressar sentimentos por parte de quem está doente, e que por isso sejam os namorados quem, ainda antes de pais, irmãos, amigas ou amigos se apercebem que alguma coisa não está bem. Não encontrei ainda no entanto nenhum texto que 'explique' e dê o devido destque a importância dos NAMORADOS.
Voltando às AMIGAS (supondo que quem sofre de AN é uma rapariga) existem algumas recomendações que abaixo alinho comentando. E o meu primeiro comentário é que não existindo receitas para a amizade, o que a seguir se escreve são apenas algumas indicações que em média se ajustam a cada caso concreto.
COMO PODES AJUDAR A TUA AMIGA?
(texto adaptado do original aqui e aqui)
+ A tua amiga é inteligente, informada, determinada...mas é característica da doença negá-la e recusar opiniões dos outros (mesmo das amigas) sobre o seu problema (que geralmente não identifica como tal). São raros os casos em que a doente resolve tratar-se por iniciativa própria. Como amiga dela procura em conjunto com outros que lhe são próximos que ela tome consciência do problema e comece a tratar-se com especialistas adequados. Não fiques frustrada com a tua (muitas vezes aparente) impotência para alterar a situação. Ela também se sente possivelmente muitas vezes impotente para se mudar. Não fiques zangada se muitas vezes ela 'te deixar a falar sozinha'.
+ A tua amiga pode estar está em risco de vida.A anorexia alimentar e os transtornos alimentares (TA) são doenças graves. Procura que contacte uma equipa especializada. Ajuda-a a dar o primeiro passo para o tratamento. Procura informar-te mais sobre a doença e encontrar os serviços de apoio a familiares e amigos e os serviços médicos públicos ou privados a que ela poderá recorrer na tua região. Mas atenção, por muito que julgues saber sobre a doença, lembra-te que apenas os profissionais poderão fazer um correcto diagnóstico e traçar caminhos para o tratamento e cura.
+ Evita centrar todas as conversas com ela na comida ou na aparência física. Comentários mais ou menos irónicos como 'qualquer dias desapareces', 'és só pele e osso', 'andas com dietas malucas' ou até elogiosos ' estás com um corpo fantástico! quem me dera vestir o 36 como tu'. Ou mesmo de incentivo a ganhar peso ' estás mais gordinha e fica-te bem' (pessoalmente tenho a impressão que se este último comentário vier de um amigo não será muito negativo, mas estamos a falar de amigas).Não te esqueças que a tua amiga tem parte da vida focada na aparência física (tentando dizer com o corpo o que ninguém é capaz de escutar) e nas calorias por isso, não lances mais fogo para essa fogueira. Fala com ela sobre arte, música, estudos, trabalho, viagens, projectos futuros.
+ Faz a tua amiga sentir (não por palavras de preferência) que ela tens excelentes qualidades e que ninguém é perfeito. Mostra-lhe a tua amizade por actos. Lembra-lhe que todos cometemos erros. E que a errar se aprende. Abre-lhe também o teu coração. É dos livros que quem sofre de TA mente sobre o comportamento e por vezes mente também compulsivamente (é uma componente da doença e como tal deve ser compreendida). Mas a identificação por ti de uma inverdade pode ser positivo. E mostrar que de quem gostamos esperamos sinceridade, não falsidade.
+ Procura que ela saia. Há muitas formas de sair. Sair da casca por exemplo ;) Conviver com outras pessoas diferentes. Pessoas com projectos, ideias, imaginação. Pessoas abertas a outras pessoas. Por vezes com a mesma idade as pessoas apresentam maturidades muito diferentes. E não raro quem sofre de TA tem níveis de maturidade e culturais acima da média. Muito possivelmente a tua amiga questiona-se e questiona os outros e o sentido da vida. Por isso ambientes em que dominem pessoas fúteis e vazias podem ser agressivos para ela. Mas cada um de nós é uma caixinha de surpresas. As possibilidades de convívio hoje em dia são imensas. procura que ela retome a alegria e sociabilidade que tinha antes da doença, mas sem pressas, sem forçar. A doença por vezes vai-se instalando de-va-ga-ri-nho e não é do dia para a noite que desaparece.
+ O que ela deve ou não comer deve ser recomendado pelos especialistas em nutrição e/ou endocrinologista. Se estiveres com ela durante as refeições principais, festas ou outras situações que envolvam comida procura comportar-te normalmente. Não adoptes uma posição de vigilância ou controlo sobre o que ela come ou de recomendações do tipo 'lá estás com a mania das calorias, não sejas parva vá lá come a bolacha', etc.
+ NÃO DESISTAS. O teu apoio pode não dar de imediato resultado. Tens que ter paciência se a tua amiga depois de parecer estar a recuparar tiver uma recaída. Não desistas da tua amiga, mantém o teu apoio mesmo durante uma recaída, evita comentários do tipo 'és uma fraca desisto'.´A tua amiga se tiver uma recaída já se sente suficientemente mal sem esses comentários 'amigos (por vezes pretendem ser para mostrar a dura realidade').Se ela for internada e os médicos não virem inconveniente e perceberes (as amigas verdadeiras percebem os sins mesmo quando ouvem não e vice versa) que ela o quer visita-a.
+ Se o conhecimento que com ela tiveres for principalmente ou exclusivamente virtual procura que ela reforce os laços com o MUNDO REAL. Os ombros virtuais não passam disso...virtuais. Nada substituí os ombros REAIS. para além disso estando a tua amiga psicologicamente fragilizada pode ser alvo de comportamento predatórios no mundo real e na internet.
+ Na Internet circula muita informação errada, nuns casos inconscientemente noutros, mais graves, conscientemente e criminosamente errada. Medicamentos, práticas e dietas que pululam na internet nos sites pro-ana e pro-mia e também noutros sites orientados comercialmente são muito perigosos. Dicas de emagrecimento que são fornecidas, por vezes sob capa de fundamentos científicos são autênticas 'receitas de morte'.
+ Lembra-te SEMPRE: A TUA AMIGA NÃO TEM CULPA. DEIXAR DE COMER NÃO É A DOENÇA, É O SINTOMA.
Procura ajuda para a tua amiga. Alguns contactos AQUI.
Foto f
Comentários recebidos a mensagem identica antes publicada no esqueciaana:

foreveryoung disse...
Qerida "esqeci-a-ana"...
Antes de mais qero voltar a agradecer pela maneira como te tens exprimido comigo porqe nota-se mesmo qe já passaste por isto tudo e és perfeitamente consciente a falar sem nunca "exigires" de mim coisas exageradas como às vezes me acontece por parte de pessoas qe desconhecem o problema em si! Quanto ao qe escreveste tens toda a razão..a fluoxetina tira-me o apetite e altera o meu humor (às vezes..ultimamente mais!)..mas a verdade é qe fico mesmo sem fome nenhuma e se o esforço por comer é grande já quando temos fome (contraditório?) então quando não temos aínda mais complicado é. Suponho qe me estejas a perceber. Mas ao mesmo tempo não qero de maneira nenhuma dizer isto ao psiquiatra porqe vou ser sincera..tenho medo qe ele me recomende tomar algo para abrir o apetite. Isso aterroriza me! Beijinho enorme, parabéns pelo post, até o patrocinei no meu blog :) ehehe
ex ana disse...
Eu já passei não direi por tudo, mas por algumas coisas parecidas.
Se o teu fim de semana foi inesquecível o que achas de ter a seguir uma semana igualmente BOA e inesquecível?
p.s.- Agradeço muito o 'patrocínio'. Não queres juntar sugestões? Prometo fazer uma actualização do post e prestar devida atribuição (ou não) como preferires. 30 de Novembro de 2009 20:41
aqui

Fotografia de flick cc aqui

Jul 25, 2012

... Atletas e Olimpíadas (Citius, Altius, Fortius; Mais Rápido, Mais Alto, Mais Forte)



( não sei se quem lê este blogue gosta de acompanhar as Olimpíadas, a autora do esqueciaana gosta muito! sempre gostou o lema Mais rápido, Mais alto, Mais forte, é um lema extraordinário! A busca da perfeição! A superação-individual ou equipa- dos limites. Mas essa busca da perfeição por vezes traz problemas para os quais atletas, treinadores, clubes devem estar atentos. Em seguida reproduzo um post já antes publicado e o link para a publicação completa sobre os distúrbios alimentares e os atletas)
Prevenir distúrbios alimentares em atletas
O esqueciaana transcreve parcialmente 10 dicas para treinadores
(No original em inglês TIPS FOR COACHES: preventing eating disorders in athletes; compiled by Karin Katrina, PhD, MPE, RD,LD; estes textos estão online no site do NEDA-US)
ou um documento mais detalhado (45 págs) aqui.

10 dicas para treinadores e preparadores físicos
1. Leve a sério os sinais de comportamentos de distúrbio alimentar! Ataques cardíacos e suicídio são as causas de morte de pessoas com doenças do comportamento alimentar!



2. Se um atleta está cronicamente a fazer dieta ou manifesta comer com frequência abaixo do normal, encaminhe-o para um especialista em doenças do comportamento alimentar. (+ aqui)



3. Não enfatize a questão do peso, não pesando e não fazendo comentários sobre o peso. (+ aqui)



4. Não assuma que reduzir a gordura ou o peso irá aumentar a performance(+ aqui)



5. Eduque os treinadores e preparadores físicos para reconhecer os sinais e sintomas de distúrbios alimentares e entenderem o seu papel na prevenção(+ aqui)



6. Disponibilize aos atletas informação fiável sobre peso, perda de peso, estrutura física, nutrição e performance desportiva para reduzir a desinformação e para contrariar práticas não saudáveis. (+ aqui)



7. Enfatize os riscos para a saúde de um peso baixo, especialmente para as atletas com irregularidade da menstruação ou amenorreia. (+ aqui)



8. Compreenda porque o peso é uma questão tão sensível e tão pessoal para tantas mulheres.(+ aqui)



9. Não impeça automaticamente a participação se um atleta tem um problema alimentar, a menos que isso seja determinado pela condição clínica. (+ aqui)

10. Os treinadores e preparadores físicos devem analisar os seus próprios valores e atitudes em relação ao peso, à dieta, à imagem do corpo e como esses valores e atitudes podem, inadvertidamente afectar os seus atletas. (+ aqui)

Jan 12, 2012

...ajudar a tua amiga

Sei por experiência própria como 'os outros' podem ser muito importantes no tratamento e recuperação. Não quaisquer 'outros' mas sim quem, mesmo que não entenda completamente nem sequer parcialmente a doença, nos faz ter novos olhares para a vida. Quem construa as pontes entre o nosso mundo interior de sofrimento e a vida lá fora onde podemos descobrir a alegria.
Os sites informativos e de apoio a familiares e amigos sobre a anorexia e bulímia (ver links do lado direito) por vezes fornecem indicações específicas para grupos dos que são próximos do doente, tais como a familia e em particular os pais, os professores e ...AS AMIGAS (cito adaptando: "Caso suspeite ou tenha a certeza de que uma amiga sua tem problemas relacionados coma a alimentação..."). Pergunto eu: e OS AMIGOS? e O NAMORADO? Os rapazes e homens são não apenas uma minoria dos doentes anorécticos e bulímicos (pelo menos no que é estatisticamente conhecido), ELES também parecem estar um tanto à margem na informação sobre os OUTROS que podem ajudar.
No entanto, encontramos em vários testemunhos a importância do NAMORADO, do NOIVO, do MARIDO na procura de cura e recuperação da doença de TA. Sendo a partilha mútua nas relações amorosas mais intensa que noutras, não é de admirar que nelas seja possivel ultrapassar dificuldades em expressar sentimentos por parte de quem está doente, e que por isso sejam os namorados quem, ainda antes de pais, irmãos, amigas ou amigos se apercebem que alguma coisa não está bem. Não encontrei ainda no entanto nenhum texto que 'explique' e dê o devido destque a importância dos NAMORADOS.
Voltando às AMIGAS (supondo que quem sofre de AN é uma rapariga) existem algumas recomendações que abaixo alinho comentando. E o meu primeiro comentário é que não existindo receitas para a amizade, o que a seguir se escreve são apenas algumas indicações que em média se ajustam a cada caso concreto.
COMO PODES AJUDAR A TUA AMIGA?
(texto adaptado do original aqui e aqui)
+ A tua amiga é inteligente, informada, determinada...mas é característica da doença negá-la e recusar opiniões dos outros (mesmo das amigas) sobre o seu problema (que geralmente não identifica como tal). São raros os casos em que a doente resolve tratar-se por iniciativa própria. Como amiga dela procura em conjunto com outros que lhe são próximos que ela tome consciência do problema e comece a tratar-se com especialistas adequados. Não fiques frustrada com a tua (muitas vezes aparente) impotência para alterar a situação. Ela também se sente possivelmente muitas vezes impotente para se mudar. Não fiques zangada se muitas vezes ela 'te deixar a falar sozinha'.
+ A tua amiga pode estar está em risco de vida.A anorexia alimentar e os transtornos alimentares (TA) são doenças graves. Procura que contacte uma equipa especializada. Ajuda-a a dar o primeiro passo para o tratamento. Procura informar-te mais sobre a doença e encontrar os serviços de apoio a familiares e amigos e os serviços médicos públicos ou privados a que ela poderá recorrer na tua região. Mas atenção, por muito que julgues saber sobre a doença, lembra-te que apenas os profissionais poderão fazer um correcto diagnóstico e traçar caminhos para o tratamento e cura.
+ Evita centrar todas as conversas com ela na comida ou na aparência física. Comentários mais ou menos irónicos como 'qualquer dias desapareces', 'és só pele e osso', 'andas com dietas malucas' ou até elogiosos ' estás com um corpo fantástico! quem me dera vestir o 36 como tu'. Ou mesmo de incentivo a ganhar peso ' estás mais gordinha e fica-te bem' (pessoalmente tenho a impressão que se este último comentário vier de um amigo não será muito negativo, mas estamos a falar de amigas).Não te esqueças que a tua amiga tem parte da vida focada na aparência física (tentando dizer com o corpo o que ninguém é capaz de escutar) e nas calorias por isso, não lances mais fogo para essa fogueira. Fala com ela sobre arte, música, estudos, trabalho, viagens, projectos futuros.
+ Faz a tua amiga sentir (não por palavras de preferência) que ela tens excelentes qualidades e que ninguém é perfeito. Mostra-lhe a tua amizade por actos. Lembra-lhe que todos cometemos erros. E que a errar se aprende. Abre-lhe também o teu coração. É dos livros que quem sofre de TA mente sobre o comportamento e por vezes mente também compulsivamente (é uma componente da doença e como tal deve ser compreendida). Mas a identificação por ti de uma inverdade pode ser positivo. E mostrar que de quem gostamos esperamos sinceridade, não falsidade.
+ Procura que ela saia. Há muitas formas de sair. Sair da casca por exemplo ;) Conviver com outras pessoas diferentes. Pessoas com projectos, ideias, imaginação. Pessoas abertas a outras pessoas. Por vezes com a mesma idade as pessoas apresentam maturidades muito diferentes. E não raro quem sofre de TA tem níveis de maturidade e culturais acima da média. Muito possivelmente a tua amiga questiona-se e questiona os outros e o sentido da vida. Por isso ambientes em que dominem pessoas fúteis e vazias podem ser agressivos para ela. Mas cada um de nós é uma caixinha de surpresas. As possibilidades de convívio hoje em dia são imensas. procura que ela retome a alegria e sociabilidade que tinha antes da doença, mas sem pressas, sem forçar. A doença por vezes vai-se instalando de-va-ga-ri-nho e não é do dia para a noite que desaparece.
+ O que ela deve ou não comer deve ser recomendado pelos especialistas em nutrição e/ou endocrinologista. Se estiveres com ela durante as refeições principais, festas ou outras situações que envolvam comida procura comportar-te normalmente. Não adoptes uma posição de vigilância ou controlo sobre o que ela come ou de recomendações do tipo 'lá estás com a mania das calorias, não sejas parva vá lá come a bolacha', etc.
+ NÃO DESISTAS. O teu apoio pode não dar de imediato resultado. Tens que ter paciência se a tua amiga depois de parecer estar a recuparar tiver uma recaída. Não desistas da tua amiga, mantém o teu apoio mesmo durante uma recaída, evita comentários do tipo 'és uma fraca desisto'.´A tua amiga se tiver uma recaída já se sente suficientemente mal sem esses comentários 'amigos (por vezes pretendem ser para mostrar a dura realidade').Se ela for internada e os médicos não virem inconveniente e perceberes (as amigas verdadeiras percebem os sins mesmo quando ouvem não e vice versa) que ela o quer visita-a.
+ Se o conhecimento que com ela tiveres for principalmente ou exclusivamente virtual procura que ela reforce os laços com o MUNDO REAL. Os ombros virtuais não passam disso...virtuais. Nada substituí os ombros REAIS. para além disso estando a tua amiga psicologicamente fragilizada pode ser alvo de comportamento predatórios no mundo real e na internet.
+ Na Internet circula muita informação errada, nuns casos inconscientemente noutros, mais graves, conscientemente e criminosamente errada. Medicamentos, práticas e dietas que pululam na internet nos sites pro-ana e pro-mia e também noutros sites orientados comercialmente são muito perigosos. Dicas de emagrecimento que são fornecidas, por vezes sob capa de fundamentos científicos são autênticas 'receitas de morte'.
+ Lembra-te SEMPRE: A TUA AMIGA NÃO TEM CULPA. DEIXAR DE COMER NÃO É A DOENÇA, É O SINTOMA.
Procura ajuda para a tua amiga. Alguns contactos AQUI.
Foto f
Comentários recebidos a  mensagem identica antes publicada no esqueciaana:

foreveryoung disse...
Qerida "esqeci-a-ana"...
Antes de mais qero voltar a agradecer pela maneira como te tens exprimido comigo porqe nota-se mesmo qe já passaste por isto tudo e és perfeitamente consciente a falar sem nunca "exigires" de mim coisas exageradas como às vezes me acontece por parte de pessoas qe desconhecem o problema em si! Quanto ao qe escreveste tens toda a razão..a fluoxetina tira-me o apetite e altera o meu humor (às vezes..ultimamente mais!)..mas a verdade é qe fico mesmo sem fome nenhuma e se o esforço por comer é grande já quando temos fome (contraditório?) então quando não temos aínda mais complicado é. Suponho qe me estejas a perceber. Mas ao mesmo tempo não qero de maneira nenhuma dizer isto ao psiquiatra porqe vou ser sincera..tenho medo qe ele me recomende tomar algo para abrir o apetite. Isso aterroriza me! Beijinho enorme, parabéns pelo post, até o patrocinei no meu blog :) ehehe
ex ana disse...
Eu já passei não direi por tudo, mas por algumas coisas parecidas.
Se o teu fim de semana foi inesquecível o que achas de ter a seguir uma semana igualmente BOA e inesquecível?
p.s.- Agradeço muito o 'patrocínio'. Não queres juntar sugestões? Prometo fazer uma actualização do post e prestar devida atribuição (ou não) como preferires. 30 de Novembro de 2009 20:41
fotografia de liela moreira
aqui

Oct 4, 2011

...Aos pais (Laura Collins)


O texto abaixo é uma tradução de um post encontrado aqui. A autora, Laura Collins é defensora do tratamento das doenças de transtorno alimentar pelo Maudsley Approach, uma aproximação à doença que o esqueciaana desconhece se é aplicada em Portugal. Centrar o tratamento na família é um dos vectores fundamentais. O post abaixo refere-se à necessidade de não ceder á doenças e aos argumentos (por vezes de muito 'peso' para os pais) invocados pelas(os) doentes.

Escreveu Laura Colins:

"Ela diz que ir para a universidade é a única coisa que planeia para a vida”
"Ele ficaria de rastos se não pudesse jogar futebol"
"Ir nesta viagem foi planeado durante um ano"
"Seria matá-la perder isto"

Pais, quando tiverem receio sobre fazerem o que está certo, porque acham que podem magoar, piorar as coisas, causar mais resistência, ou desapontá-la(o) tanto que poderia perder a vontade de viver .. .lembrem-se que o que "matará" é a doença.

Ceder à Doença, por QUALQUER motivo é o que "irá matar" a vossa filha(o).

Pais, podem ser parte da solução para a(o) vossa(o) filha(o), ou podem ser parte do problema - se fazem algumas das afirmações acima podem ser apenas parte do problema. “