Cindy Crawford declarou recentemente a propósito da magreza escessiva na moda "Em 2009 não me poderia ter tornado uma top model. Tenho um ar demasiado saudável para ser uma topmodel em 2009. Um corpo como o meu, com seios grandes e coxas normais não é o que a indústria [da moda]actualmente procura ” A magreza é uma ditadura da moda. Cindy, que tem agora 43 anos afirmou estar feliz com sua forma física e que se preocupa apenas com alguns efeitos do envelhecimento como as rugas.“Eu gosto de sentir os meus 40 anos porque estou em paz comigo mesma e conheço os meus pontos fortes, que vão para além do facto de ser bonita".
os 10 posts mais lidos (esta semana) seguidos dos posts mais recentes (26 Outubro 2016):
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Oct 31, 2009
>> Qual o peso ideal para uma modelo ?
A notícia chama a atenção para a magreza enquanto ditadura da moda (ver opinião de Cindy Crawford) . Pena que não tenha feito perguntas também por exemplo a um profissional de saúde que desse alguma informação sobre o que pode ser o peso ideal...Ficam as imagem. Comentários?
Cindy Crawford declarou recentemente a propósito da magreza escessiva na moda "Em 2009 não me poderia ter tornado uma top model. Tenho um ar demasiado saudável para ser uma topmodel em 2009. Um corpo como o meu, com seios grandes e coxas normais não é o que a indústria [da moda]actualmente procura ” A magreza é uma ditadura da moda. Cindy, que tem agora 43 anos afirmou estar feliz com sua forma física e que se preocupa apenas com alguns efeitos do envelhecimento como as rugas.“Eu gosto de sentir os meus 40 anos porque estou em paz comigo mesma e conheço os meus pontos fortes, que vão para além do facto de ser bonita".
Crystal Renn, uma modelo que se debateu com a anorexia durante vários anos, decidiu passar a ser modelo de tamanhos acima do zero. Sente-se mais feliz e continua a ser modelo. “Quero ver todas as formas a vestir todos os tamanhos na passerelle” “O tamanho zero não pode ser a norma”No vídeo abaixo fala também do seu livro Hungry.
Oct 25, 2009
>> os 'outros' ( reais e virtuais)
Os outros. Quem são os outros? os amigos, os colegas, os irmãos, os pais, os companheiros, os professores, os médicos etc. Alguns outros podem ser muito importantes quer no desencadear da doença quer na recuperação. Uma frase aparentemente inocente sobre 'estás mais gorda' pode ser o gatilho. Outra dizendo que 'estás óptima assim mais magra' pode alimentar a doença. Outra dizendo ' estás bastante mais magra, estás com algum problema de saúde?' pode ajudar. Ou não. Para quem quer ajudar alguém que sofre de anorexia nervosa é difícil encontrar as palavras e acções certas. O momento e o local exactos. Porque quem está doente se debate com contradições múltiplas.
A magreza pode ser uma forma de ser melhor aceite socialmente (não serão todos os casos, cada caso é um caso como já escrevi ou " cada caso é um mundo" como li num blogue recentemente)... mas ao mesmo tempo a anorexia afasta o doente do convívio com os outros (e muito desse convívio se faz à volta da comida e bebida).
De um modo geral quem sofre de anorexia e bulimia procura isolar-se. E aqui entra o aspecto que pode ser muito perigoso do convívio virtual com outros com igual sofrimento. Ficar rodeado por outras pessoas (virtuais) com o mesmo problema (e o problema não está no prato) pode ajudar a reforçá-lo. Há pouco li um texto de alguém muito jovem que se propunha manter um comportamento de anorexia, estabelecendo uma meta de peso e pedia para lhe enviarem sms de incentivo.
De um modo geral quem sofre de anorexia e bulimia procura isolar-se. E aqui entra o aspecto que pode ser muito perigoso do convívio virtual com outros com igual sofrimento. Ficar rodeado por outras pessoas (virtuais) com o mesmo problema (e o problema não está no prato) pode ajudar a reforçá-lo. Há pouco li um texto de alguém muito jovem que se propunha manter um comportamento de anorexia, estabelecendo uma meta de peso e pedia para lhe enviarem sms de incentivo.
Ao mesmo tempo que procura isolar-se muitos dos doentes sentem que estão a fazer sofrer aqueles (reais) de que mais gostam e que lhes são mais próximos. E por vezes decidem tratar-se porque percebem o sofrimento que geram sobre os outros que lhe são queridos. E esses outros, mesmo sofrendo, procuram por vezes aparentemente menosprezar a doença, resumir tudo a uma vontade de emagrecer ou uma tontisse juvenil, esperando que passe como uma constipação.
Foto flickr cc aqui
Oct 22, 2009
>> contra sites de apologia da anorexia ou pro-ana
Artigo publicado no semanário Sol no dia 18 de Setembro passado (aqui) [a notícia recebeu até hoje 10 comentários e 1662 visitas]. Um estudo académico de alguns desses sites pode ser encontrado aqui e está referido nas ligações. Se tiverem conhecimento de outros enviem que daremos divulgação (esqueciaana@gmail.com)
"Psiquiatras lançam apelo contra sites apologistas da anorexia"
Reino Unido
"Psiquiatras lançam apelo contra sites apologistas da anorexia"
Reino Unido
"O aumento de sites e páginas em redes sociais que defendem a magreza excessiva como modelo de beleza está a preocupar vários psiquiatras britânicos, que estão a apelar ao Governo do Reino Unido para proibirem este tipo de sites. O apelo coincide com o arranque da semana de moda de Londres, onde os organizadores permitiram o desfile de modelos ultra-magras, ao contrário do que já acontece em alguns países, avança a Reuters.
De acordo com investigadores do Royal College of Psychiatrists, há cada vez mais jovens britânicos que procuram sites para saberem dicas sobre como esconder a perda de peso excessiva. Citada pela agência noticiosa, a responsável pelo departamento de desordens alimentares da instituição, Ulrike Schmidt, acusa este tipo de páginas de «normalizarem a doença».
Dados divulgados pelo Royal College of Psychiatrists indicam que mais de 1.6 milhões de pessoas, só no Reino Unido, sofrem de desordens alimentares, na sua grande maioria são adolescentes do sexo feminino." (Sol, 18 set 2009)
De acordo com investigadores do Royal College of Psychiatrists, há cada vez mais jovens britânicos que procuram sites para saberem dicas sobre como esconder a perda de peso excessiva. Citada pela agência noticiosa, a responsável pelo departamento de desordens alimentares da instituição, Ulrike Schmidt, acusa este tipo de páginas de «normalizarem a doença».
Dados divulgados pelo Royal College of Psychiatrists indicam que mais de 1.6 milhões de pessoas, só no Reino Unido, sofrem de desordens alimentares, na sua grande maioria são adolescentes do sexo feminino." (Sol, 18 set 2009)
Imagem: retirada de um site proana onde outras coisas se sugere como dicas úteis "nada comer durante 28 dias".
Oct 20, 2009
>> Anorexia nos Homens
Estima-se que 8 milhões de pessoas nos Estados Unidos sofrem de um distúrbio alimentar sendo 10% homens. Esta percentagem deve estar subavaliada, por causa da idéia errada de que esta doença atinge apenas as mulheres. É uma dificuldade adicional que enfrentam os doentes que pretendem tratar-se. Segundo Arnold Andersen na investigação publicada no livro [Os homens com transtornos alimentares], enquanto as mulheres que desenvolvem distúrbios alimentares se sentem gordas antes do início da doença, os homens geralmente têm peso médio. Além disso, os homens que são comedores compulsivos podem permanecer sem diagnóstico devido à maior permissividade da sociedade em relação à gordura nos homens. Associar a anorexia masculina à homosexualidade é também um erro frequente. Assim existe um conjunto de factores que agravam ainda mais os problemas dos rapazes e homens com anorexia ou bulimia. Isso gera sentimentos adicionais de vergonha quer em heterosexuais quer em homosexuais. São também raros ou inexistentes os centros de tratamento específicos para doentes do sexo masculino.
Os homens que participam em desportos orientados para baixo peso (jóqueis, corredores, etc.) têm um risco acrescido de desenvolver um transtorno alimentar como a anorexia ou a bulimia. A pressão para ter sucesso, ser o melhor, ganhar a todo o custo, combinadas com outras pressões (problemas familiares, abuso, etc) potencia o aparecimento dos distúrbios.
Por vezes, os homens que sofrem de um distúrbio alimentar também sofrerem de alcoolismo e / ou abuso de drogas. Isto pode ser devido à natureza viciante da doença psicológica combinada com alguma indulgência da sociedade em relação aos homens alcoolicos. Além disso, os homens que sofrem com anorexia e bulimia parecem ter mais ansiedade sexual. Também pode haver uma ligação entre o TDAH, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade nos homens e a Anorexia e Bulimia (relação ainda muito pouco estudada).
Para todos aqueles que sofrem, sejam homens ou mulheres, há várias doenças do foro psicológico que podem existir em simultâneo (depressão, ansiedade, stress, comportamento auto-lesão, abuso de substâncias, transtorno obsessivo-compulsivo, personalidade bipolar, etc.) A coisa mais importante, em termos globais, é que, independentemente de diferenças nos sintomas e sinais entre homens e mulheres, a maioria dos factores psicológicos subjacentes que levam a um transtorno alimentar são os mesmos para ambos.Baixa auto-estima, necessidade de ser aceite, depressão, ansiedade, incapacidade de lidar com as emoções, questões pessoais, etc.. Todos os perigos físicos e complicações associadas com ser o portador de um distúrbio alimentar são os mesmos. Acima de tudo, todas as pessoas com transtornos alimentares merecem receber atenção e encontrar a felicidade e o amor-próprio.
Imagem: exposição de Alberto Giacometti
Os homens que participam em desportos orientados para baixo peso (jóqueis, corredores, etc.) têm um risco acrescido de desenvolver um transtorno alimentar como a anorexia ou a bulimia. A pressão para ter sucesso, ser o melhor, ganhar a todo o custo, combinadas com outras pressões (problemas familiares, abuso, etc) potencia o aparecimento dos distúrbios.
Por vezes, os homens que sofrem de um distúrbio alimentar também sofrerem de alcoolismo e / ou abuso de drogas. Isto pode ser devido à natureza viciante da doença psicológica combinada com alguma indulgência da sociedade em relação aos homens alcoolicos. Além disso, os homens que sofrem com anorexia e bulimia parecem ter mais ansiedade sexual. Também pode haver uma ligação entre o TDAH, Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade nos homens e a Anorexia e Bulimia (relação ainda muito pouco estudada).
Para todos aqueles que sofrem, sejam homens ou mulheres, há várias doenças do foro psicológico que podem existir em simultâneo (depressão, ansiedade, stress, comportamento auto-lesão, abuso de substâncias, transtorno obsessivo-compulsivo, personalidade bipolar, etc.) A coisa mais importante, em termos globais, é que, independentemente de diferenças nos sintomas e sinais entre homens e mulheres, a maioria dos factores psicológicos subjacentes que levam a um transtorno alimentar são os mesmos para ambos.Baixa auto-estima, necessidade de ser aceite, depressão, ansiedade, incapacidade de lidar com as emoções, questões pessoais, etc.. Todos os perigos físicos e complicações associadas com ser o portador de um distúrbio alimentar são os mesmos. Acima de tudo, todas as pessoas com transtornos alimentares merecem receber atenção e encontrar a felicidade e o amor-próprio.
Imagem: exposição de Alberto Giacometti
Oct 19, 2009
Oct 18, 2009
>> SOS Voz Amiga
SOS VOZ AMIGA ** Diariamente das 16 às 24h
96 352 46 60
91 280 26 69
21 354 45 45
O que é? O Centro SOS-Voz Amiga é um serviço de ajuda pontual em situações agudas de sofrimento causadas pela Solidão, Ansiedade, Depressão e Risco de Suicídio.
Se precisa de:
• Falar, em anonimato, com uma pessoa desconhecida;
• Relatar situações de sofrimento pessoal, sem constrangimentos de ordem moral, sexual, religiosa ou política;
• Conversar com alguém que se interesse pelos seus problemas e angústias;
• Encontrar pessoas que aceitem falar da ideia de morte.
Ligue-nos. Nós ligamos.
Imagem Flickr-CC: daccasaa
96 352 46 60
91 280 26 69
21 354 45 45
O que é? O Centro SOS-Voz Amiga é um serviço de ajuda pontual em situações agudas de sofrimento causadas pela Solidão, Ansiedade, Depressão e Risco de Suicídio.
Se precisa de:
• Falar, em anonimato, com uma pessoa desconhecida;
• Relatar situações de sofrimento pessoal, sem constrangimentos de ordem moral, sexual, religiosa ou política;
• Conversar com alguém que se interesse pelos seus problemas e angústias;
• Encontrar pessoas que aceitem falar da ideia de morte.
Ligue-nos. Nós ligamos.
Imagem Flickr-CC: daccasaa
Oct 17, 2009
>> os ossos não são limite para ...o Photoshop!
Nas imagens publicadas em catálogos da marca de roupa e perfumes Ralph Lauren o programa de tratamento de imagem Photoshop dá uma ajuda no emagrecimento contra natura das modelos. Os ossos já não são o limite! Apenas uma má qualidade do 'artista de Photoshop' ou algo mais? ( a empresa, reincidente, já pediu desculpas...)
Nota: Neste blogue evitamos disponibilizar fotografias de pessoas que sofrem de distúrbios alimentares. Seguimos uma recomendação da beat associação do Reino Unido que luta contra a anorexia e a bulimia. Segundo nota à imprensa pede essa associação para os meios de comunicação evitarem publicar fotografias a ilustrar pessoas com anorexia: "Em alguns casos, ver a própria imagem pode perturbar ainda mais o doente e atrasar a recuperação" . Esta afirmação parece contrariar as vantagens da terapia pela fotografia. Mas é apenas mais uma das muitas interrogações e falta de consensos associdos à doença.
Oct 16, 2009
>> Guarda: Tertúlia "Distúrbios Alimentares Causas e Consequências"
Temos referido como é ainda escassa a informação sobre as doenças associadas ao comportamento alimentar. O mapa de consultas em Portugal é ainda muito incompleto. [nota: a autora deste blogue gostaria de receber informação sobre se existem na Guarda consultas específicas)
Está de parabéns o Teatro Municipal da Guarda pela iniciativa.
"Distúrbios alimentares: causas e consequências" foi o tema em debate ontem, 14 de Outubro, no Café Concerto, numa iniciativa do TMG e da Câmara Municipal da Guarda. [...] painel de oradores: Dulce Quadrado (médica de saúde familiar), Raquel Arteiro (nutricionista), Victor Afonso (Serviço Educativo do TMG e moderador) e Sílvia Castro (psiquiatra). Assistiram à tertúlia cerca de 30 pessoas."
Fotografia: Irving Penn (1917-2009)
Oct 14, 2009
>> Mulheres reais vs modelos ideais
Notícia no jornal Público 14 Outubro 2009 de Joana Amaral Cardoso
Refere os casos Vogue, Brigitte, Glamour relatados neste blogue.
Público - Mulheres reaisivs/imodelos ideais
Refere os casos Vogue, Brigitte, Glamour relatados neste blogue.
Público - Mulheres reaisivs/imodelos ideais
Oct 11, 2009
>> Anorexia e Bulimia - Associações em Espanha
Já antes chamámos a atenção para a falta de acessibilidade às consultas relativas à anorexia nervosa em Portugal. A lista abaixo que encontrámos num dos sites que acompanhamos mostra também como nuestros hermanos possuem uma mais forte rede de associações nacionais e regionais de apoio aos doentes, familiares e amigos. Alguma informação de utilidade geral pode ser encontrada nessas páginas. Recordamos que foi também em Madrid onde pela primeira vez foram impostos limites mínimos de peso a uma passagem de moda. Em Portugal, a AFAAB , criada há alguns anos mantém uma actividade regular.
ADANER Asociación en Defensa de la Atención a la Anorexia Nerviosa y Bulimia; ARBADA Asociación Aragonesa de Familiares de Enfermos con Trastornos de la Conducta Alimentaria: Anorexia y Bulimia; ADEFAB Asociación de Familiares de Anorexia y Bulimia; ASTRA Asociación de Afectados de Trastornos Alimentarios; ACLAFEBA Asociación Castellano-Leonesa de Ayuda a Familiares y Enfermos de Bulimia y Anorexia; ACAB Asociación Contra la Anorexia y la Bulimia; ADATAEX Asociación en Defensa de los Trastornos Alimentarios en Extremadura; ABAP Asociación de Bulimia y Anorexia de Pontevedra; ACAB RIOJA Asociación Contra la Anorexia y la Bulimia de La Rioja; ABAN Asociación Contra la Bulimia y la Anorexia Nerviosas. ACABE Asociación Contra Anorexia y Bulimia de Euskadi; AVALCAB Asociación Valenciana de Familiares de Enfermos con TCA.
>> mulheres na linha ou desalinhadas?
A revista Glamour é mais outra revista 'feminina' que anuncia estar na linha da frente da "revolução da imagem do corpo feminino" (palavras deles!). Quer nesta quer noutras revistas soa-me a estratégia de marketing.... Na próxima edição de Novembro 2009 (pelo menos na edição para os Estados Unidos) a supermodelos que não são supermagras irão estar em destaque. Mais (aqui).
Imagem: capa recente da revista Glamour.
Oct 9, 2009
>> 4 mitos sobre os distúrbios alimentares
Mito 1: Só os magros sofrem de distúrbios alimentares. FALSO. Há pessoas com vários pesos e estaturas. Algumas apresentam peso médio ou são obesas.
Mito 2: Apenas as jovens e as mulheres são afectadas. FALSO: Apesar dos distúrbios alimentares serem mais frequentes nas adolescentes jovens, as doenças de comportamento alimentar vitimam homens e mulheres de todas as idades.
Mito 3: As pessoas que têm distúrbios alimentares são pessoas vazias, frívolas. FALSO. As pessoas com comportamentos alimentares extremos e obcecadas pelo corpo não o fazem por vaidade mas sim numa tentativa de lidar com sentimentos de vergonha, ansiedade e impotência.
Mito 4: Os distúrbios alimentares não são de facto muito perigosos. FALSO: Todos os transtornos alimentares podem levar a danos irreversíveis e até à morte. Alguns problemas de saúde associados: doenças cardíacas, osteoporose, atrofia do crescimento, infertilidade, danos nos rins.
Texto original aqui
Escultura de Brancusi
>> ainda sobre mulheres reais
Oct 7, 2009
>> Brigitte: negócios e 'mulheres reais' ...
A mais vendida 'revista feminina' alemã, a Brigitte, tomou (ou vai tomar) uma iniciativa que está a ser noticiada há alguns dias. Como campanha de marketing já provou ser eficaz. Informam que a partir de 2 de Janeiro (reparem a subtileza do anúncio prévio a lembrar uma campanha há anos para lançar a coca-cola com diferente gosto...) passarão a usar mulheres reais em vez de modelos.
O texto on line (ver abaixo) é de um pretenso feminismo hipócrita! Descobriram, assim, da noite para o dia que havia mulheres reais!
Para além do debate on-line no site da própria revista já com mais de uma centena de opiniões ( "resolveram cortar nos custos, pois as vendas estão a descer") uma notícia num jornal inglês o Guardian, pode ler-se:
"No que é visto como uma tentativa de eliminar o "tamanho zero" a editora da revista diz que vai passar a usar mulheres com estatura normal ( já aqui reportámos a posição contrária ao tamanho zero por parte da directora da revista Vogue). "Vamos deixar de trabalhar com modelos a partir de 2010" disse Andreas Lebert editor chefe da Brigitte, acrescentando que vai abandonar os retoques usando o Photoshop. Diz que o fez para responder aos protestos dos leitores que diziam não corresponderem as imagens às mulheres reais. "Hoje o peso das modelos está cerca de 23% abaixo do peso de uma mulher normal. Toda a indústria de modelos é uma indústria de anorexia" disse Andreas. Acrescentou ainda que a revista está à procura de mulheres que tenham a sua própria identidade. Podem ser jovens estudantes brilhantes, empresárias, músicas ou futebolistas [ a lista exemplificativa é curta convenhamos]. Quer um misto de mulheres conhecidas e completamente desconhecidas. E dizem que até vão pagar o mesmo que às anteriores modelos [perguntamos: ou às agências?].
Do outro lado do NEGÓCIO, a reacção não se fez esperar. Louisa von Minckwitz, a proprietária da agência alemã Louisa Models onde os modelos são de tamanho 36 (UK 10) tendendo para o modelo 34 (UK 8) afirma que não tem dúvidas de que "os leitores querem de facto comprar uma revista em que as roupas sejam vestidas por pessoas bonitas, elegantes e simpáticas"
Perguntamos nós será que a dita negociante (perdão, empresária) proprietária da agência de modelos conhece a probabilidade de haver seres humanos adultos E SAUDÁVEIS que usem tamanho 36, a tender para o 34?]
Imagem: capa de uma outra revista feminina, a Harper's Bazaar dos anos 50.
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O texto on line (ver abaixo) é de um pretenso feminismo hipócrita! Descobriram, assim, da noite para o dia que havia mulheres reais!
Para além do debate on-line no site da própria revista já com mais de uma centena de opiniões ( "resolveram cortar nos custos, pois as vendas estão a descer") uma notícia num jornal inglês o Guardian, pode ler-se:
"No que é visto como uma tentativa de eliminar o "tamanho zero" a editora da revista diz que vai passar a usar mulheres com estatura normal ( já aqui reportámos a posição contrária ao tamanho zero por parte da directora da revista Vogue). "Vamos deixar de trabalhar com modelos a partir de 2010" disse Andreas Lebert editor chefe da Brigitte, acrescentando que vai abandonar os retoques usando o Photoshop. Diz que o fez para responder aos protestos dos leitores que diziam não corresponderem as imagens às mulheres reais. "Hoje o peso das modelos está cerca de 23% abaixo do peso de uma mulher normal. Toda a indústria de modelos é uma indústria de anorexia" disse Andreas. Acrescentou ainda que a revista está à procura de mulheres que tenham a sua própria identidade. Podem ser jovens estudantes brilhantes, empresárias, músicas ou futebolistas [ a lista exemplificativa é curta convenhamos]. Quer um misto de mulheres conhecidas e completamente desconhecidas. E dizem que até vão pagar o mesmo que às anteriores modelos [perguntamos: ou às agências?].
Do outro lado do NEGÓCIO, a reacção não se fez esperar. Louisa von Minckwitz, a proprietária da agência alemã Louisa Models onde os modelos são de tamanho 36 (UK 10) tendendo para o modelo 34 (UK 8) afirma que não tem dúvidas de que "os leitores querem de facto comprar uma revista em que as roupas sejam vestidas por pessoas bonitas, elegantes e simpáticas"
Perguntamos nós será que a dita negociante (perdão, empresária) proprietária da agência de modelos conhece a probabilidade de haver seres humanos adultos E SAUDÁVEIS que usem tamanho 36, a tender para o 34?]
Imagem: capa de uma outra revista feminina, a Harper's Bazaar dos anos 50.
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Citando a revista, texto on-line (tradução livre e possível do alemão; original disponível aqui):
"Porque a beleza tem muitas faces a Brigitte tomou resolveu lançar a iniciativa “Sem Modelos” . A partir de agora todas as fotografias que aparecerão na revista não serão fotografias de modelos, mas de mulheres como vocês e como nós. Convidamos a juntar-se a nós.
A moda mudou.
As mulheres mudaram.
O nosso mundo está diferente.
A partir de hoje [ou de 2 de Janeiro de 2010?] todas as fotografias da moda à beleza dos estilos de vida ao ginásio não serão feitas com modelos mas sim com mulheres comuns.
Porque as mulheres não precisam de procuração.
Porque elas podem ser exigentes.
Porque a roupa/moda não é hoje uma questão de tendências, mas sim de personalidade.
Porque queremos criar novos olhares na passarela, nas ruas, nas escolas, nos palcos , no cinema, no café da esquina.
Porque queremos mostrar no futuro moda e beleza das mulheres que não estão sujeitas às leis, muitas vezes perversas dos negócios, mas as suas vidas reais.
Porque não há nada melhor do que as MULHERES.
Convidamos a leitora a participar.
Se quiser, clique aqui. Esperamos por si.
Sem Modelos
Uma iniciativa de Brigitte" (fim de citação)
Oct 5, 2009
>> escrever sobre a anorexia
Causa-me alguma estranhesa existirem poucas páginas, blogues, etc construídos por pessoas recuperadas da anorexia e orientados para a discussão desse distúrbio alimentar. Não estou a referir testemunhos (que são abundantes) ou divulgação de livros sobre o assunto (que são alguns). Encontrei num site criado em 2006 por cinco norte americanos em diferentes fases da doença uma possível resposta para essa relativa escassez de páginas e blogues. O site está em vias de ser encerrado, ou melhor inactivado e transferido por decisão dos autores. Chama-se Disordered Times (ver ligações), nele se encontra abundante informação (em inglês) incluindo o texto justificativo da inactivação escrito por uma das cinco autoras:
"Este site irá ser encerrado, um dos motivos é porque "estou a numa situação em que estou a conseguir abandonar o meu distúrbio alimentar. Ele deixou de fazer parte significativa da minha vida, como fazia quando criei este site. De uma certa forma, ler e escrever sobre doenças do comportamento alimentar prolongou o processo [de recuperação] porque me manteve presa ao assunto. Agora é tempo de ficar liberta. Não estou completamente recuperada, ou irei esquecer aquilo porque passei. Mas é algo que sinto cada vez mais como fazendo parte do meu passado, não do presente, e espero nem do futuro. É tempo de fazer outras coisas." [esta autora criou o blogue oh the profanity!]
"Este site irá ser encerrado, um dos motivos é porque "estou a numa situação em que estou a conseguir abandonar o meu distúrbio alimentar. Ele deixou de fazer parte significativa da minha vida, como fazia quando criei este site. De uma certa forma, ler e escrever sobre doenças do comportamento alimentar prolongou o processo [de recuperação] porque me manteve presa ao assunto. Agora é tempo de ficar liberta. Não estou completamente recuperada, ou irei esquecer aquilo porque passei. Mas é algo que sinto cada vez mais como fazendo parte do meu passado, não do presente, e espero nem do futuro. É tempo de fazer outras coisas." [esta autora criou o blogue oh the profanity!]
Oct 4, 2009
>> Terapia pela fotografia I
"O uso da chamada terapia pela fotografia nos transtornos alimentares, particularmente no caso da anorexia onde existe uma disfunção da imagem corporal, surge como um "instrumento" adicional na construção/reconstrução da imagem corporal. [...]Podemos utilizar esta técnica de modo experimental.
Sabe-se que numa foto não temos apenas o aspecto visível, o que nos interessaria. Porque, desta forma, alguém que se "visse" como gorda, embora estivesse extremamente magra, ao se "ver" numa fotografia perceberia a sua magreza.
Sabe-se que numa foto não temos apenas o aspecto visível, o que nos interessaria. Porque, desta forma, alguém que se "visse" como gorda, embora estivesse extremamente magra, ao se "ver" numa fotografia perceberia a sua magreza.
Porém um outro aspecto envolvido numa foto (imagem), são os aspectos invisíveis, as evocações e significados que a foto suscita na mente de cada observador.
Sendo que este observador mantém intacto o seu sentido de visão, mas não o da percepção. A maneira como ele se vai aperceber nesta foto, pode não ter nada a ver com o que ele vê. Se há sensação deficiente (ou distorcida) no sentido "invisível" da percepção, o que será experimentado então ao olhar uma foto, será profundamente estranho, o equivalente quase inexprimível a estar cego ou surdo.
Se o sentido de percepção estiver muito comprometido ( o que varia de pessoa para pessoa), o corpo torna-se, cego para si mesmo [...]
Sendo que este observador mantém intacto o seu sentido de visão, mas não o da percepção. A maneira como ele se vai aperceber nesta foto, pode não ter nada a ver com o que ele vê. Se há sensação deficiente (ou distorcida) no sentido "invisível" da percepção, o que será experimentado então ao olhar uma foto, será profundamente estranho, o equivalente quase inexprimível a estar cego ou surdo.
Se o sentido de percepção estiver muito comprometido ( o que varia de pessoa para pessoa), o corpo torna-se, cego para si mesmo [...]
Por isso a terapia pela fotografia pode ser benéfica para alguns pacientes, enquanto que outros permanecerão "cegos", e por isso incapazes de "verem" o que um retrato é capaz de revelar. "
Texto de da psicóloga brasileira Valéria Lemos Palazzo (CRP 06/35173) recolhido (aqui)
Texto de da psicóloga brasileira Valéria Lemos Palazzo (CRP 06/35173) recolhido (aqui)
Desconhecemos se em Portugal esta terapia é usada e com que resultados. Aparentemente tem potencialidades. Abundante literatura técnica associada a este tipo de terapia pode ser encontrada também (aqui), incluindo teses académicas recentes e um trabalho do António Damásio.
Foto CC (aqui)
Oct 2, 2009
>> e onde não há? Um mapa muito incompleto
Distritos/Zonas onde parecem não existir Consultas de Comportamento Alimentar. (indicamos aqui algumas de que temos conhecimento) Escrevemos parecem porque ainda estamos a pesquizar na Internet. Nessas zonas, quem devem contactar os próprios, familares e amigos? (por ordem decrescente da população total) Setúbal, Aveiro, Santarém, Leiria, Faro, Viseu, Viana do Castelo, R.A. Madeira, R.A. Açores, Vila Real, Castelo Branco, Guarda, Évora, Beja, Bragança, Portalegre.
>> Magricelas? Comilonas ? ...ou?
É baseado no livro:“Anorexia e Bulimia“Autor: "Katherine Byrne (pseudônimo) Tradução: Ana Sassetti da Mota
Adaptação e revisão técnica: Leonor Sassetti, médica pediatra, percussora de uma consulta para adolescentes no Hospital de Santa Maria (Lisboa), actual responsável pela consulta de adolescentes no Hospital Fernando da Fonseca (Amadora/Sintra).Prefácio: Isabel do Carmo, médica endocrinologista no Hospital de Santa Maria, onde coordena a consulta de doenças do comportamento alimentar.
"As doenças do comportamento alimentar tornaram-se doenças da moda. Mas a anorexia e bulimia são demasiado sérias para que se possam encarar com ligeireza. Quem mais precisa de ajuda são os jovens, quase sempre raparigas, mas a família também sofre e muito..." (texto continua aqui)
imagens: Leonardo Da Vinci e Fernando Botero.
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