Ler e reler o livro Cidades Invisíveis do escritor italiano Italo Calvino (editado em Portugal pela Teorema) é um prazer. Uma imaginação que nos remete para cidades fantásticas onde nos passeamos. Nele Marco Polo e o imperador Kublai Khan vão dialogando. Esta passagem é uma sábia recomendação...na difícil (será?) arte de viver:
"O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, em que co-existimos.
"O inferno dos vivos não é algo que será; se existe, é aquele que já está aqui, o inferno no qual vivemos todos os dias, em que co-existimos.
Existem 2 maneiras de não sofrer.
[1] A primeira é fácil para a maior parte das pessoas: aceitar o inferno e tornar-se parte dele até ao ponto de deixar de reconhecê-lo.
[2] A segunda é arriscada e exige atenção e aprendizagem contínuas: tentar saber reconhecer quem e o quê, no meio do inferno, não é inferno, e preservá-lo e abrir espaço."
(ITALO CALVINO As Cidades Invisíveis, 9)
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