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os 10 posts mais lidos (esta semana) seguidos dos posts mais recentes (26 Outubro 2016):

Sep 30, 2010

...abraços, medos, tacto, emoções ...(ciência e testemunho)

Uma das características dos doentes com anorexia é a dificuldade em revelar sentimentos (10 sinais de alarme aqui), em expressar emoções. O estudo da comunicação das emoções está principalmente focado na comunicação pelas expressões do rosto e pela voz. A comunicação das emoções pelo tacto é menos estudada.A investigação recente de  Matt Hertenstein é uma excepção (artigo sobre a comunicação das emoções pelo tacto aqui). Porque é relativamente universal o apoio que se sente quando somos abraçados ou nos dão a mão? O que acontece ao nosso cérebro e ao nosso corpo? Porque existe algo de magnético ou mágico num abraço? Estas são questões gerais que foram analisadas num programa de rádio (aqui em inglês).
Testemunho de uma mãe: Sempre achei que abraçar alguém era expressar carinho e apoio. Mas a minha filha [com anorexia] não se deixa abraçar. Repele qualquer toque humano. E eu quero abraçá-la.

Resultados científicos recentes obtidos com dados do populações diversas podem eventualmente explicar porque é que isso acontece. Ou seja, odiar ser tocada pela mãe por exemplo, pode ser uma questão fisiológica e não uma questão de relacionamento. 

Sem entrar em muitos detalhes técnicos que poderão ser aprofundados nos links. Hertenstein identificou uma área no cérebro que se torna muito activa em resposta ao  contacto amigável da pele. Essa área é o córtex órbito-frontal. É a mesma área que reage aos paladares doces e aos cheiros agradáveis. Quando somos tocados de forma amigável ocorre uma afluência de oxitocina (ou ocitocina)  que faz com que nos sintamos mais felizes. Há um conjunto de impulsos eléctricos que aumenta reduz o stress, etc. 

A mãe do anterior testemunho interroga-se: os anorexicos têm respostas anormais aos sabores doces. E se o cérebro é afectado pela fome /Anorexia nervosa, não poderá também ser a explicação para a minha filha odiar ser tocada? resistir à nossa proximidade física?

Estamos no terreno das hipóteses. Para alguns a hipótese colocada por esta mãe pode ser apenas uma tentativa de encontrar racionalidade forçada para o afastamento habitual das doentes em relação às mães (familiares etc.) . Para mim, pode ser mais que isso, pois é certo e testemunhado que anororexia e evitar ser tocado/a estão associados muitas vezes. Eventualmente por isso os 'ombros virtuais' (para o bem e para o mal) ganham tanta importância.

Para um texto poético sobre abraços (e laços) ver o blogue
http://wantobeforeveryoung.blogspot.com/2010/09/o-laco-e-o-abraco-um-dos-meus-textos.html

Testemunho da mãe (adaptado) no site para familiares e amigos de doentes com dca (em inglês): aroundthedinnertable (aqui)

Fotografia flickr cc (aqui)

...criar o próprio caminho


 imagem (c) (aqui)
Té disse...


"há tantas hipóteses...tanto para errar, tanto para experimentar... Que ninguém fique parado...há sempre um caminho!"

Sep 21, 2010

...Por vezes a recuperação...(ironias e contradições)


"POR VEZES, A RECUPERAÇÃO...

... é fazer o que SABEMOS ser certo, mesmo que não se sinta como certo.
... é tolerar os desconfortos físicos no curto prazo, em troca de saúde a longo prazo.
... é não sucumbir à tentação de comer irregularmente, mesmo que o nosso dia tenha corrido muito mal.
... é avançarmos, mesmo quando isso seja o caminho mais difícil (mas não impossível) a percorrer.
... é comprarmos pão acabado de cozer, apenas porque não tem um rótulo nutricional.
... é ir comer fora, embora existam medos e  ansiedade.
... é desfrutar da companhia dos outros, e considerá-los mais importantes que a comida.

Na recuperação de uma doença do comportamento alimentar (anorexia ou bulimia) somos frequentemente confrontadas com contradições - sabemos o que devemos fazer, mas sentimo-nos incapazes de agir, sabemos o que é real e mesmo assim acreditamos nas ilusões que a doença cria.
Às vezes a recuperação é aprender a gostarmos de nós e a perceber que merecemos a vida"
Fonte: tive conhecimento deste texto num dos meus Blogues preferidos (ED BITES). O post foi originalmente publicado noutro blogue (aqui).
fotografia flickr cc (aqui)

Sep 20, 2010

...Análise do conteúdo de 180 sites pro-ana e pro-mia (artigo científico)

Na Internet abundam páginas que fomentam a anorexia e a bulimia. São abreviadamente designados de sites pro-Ana e pro-Mia. Um grupo de investigadores da universidade norte americana Johns Hopkins publicou recentemente um estudo baseado na análise do conteúdo de 180 desses sites (todos em língua inglesa). Apresentamos o resumo e sugerimos a leitura nomeadamente aos especialistas. Conhecer melhor esses sites e o papel que desempenham ajuda certamente a conhecer melhor a doença.
Mais posts no esqueciaana sobre a internet e as DCA (TA no Brasil) (aqui)

O artigo original foi publicado em Agosto de 2010 na revista American Journal of Public Health da  American Public Health Association. Título: e-Ana e e-Mia: Uma análise de Conteúdo dos Sites Pró-Doenças do Comportamento Alimentar  [ no original: e-Ana and e-Mia: A Content Analysis of Pro–Eating Disorder Web Sites]

Objectivos. A Internet tem sites que descrevem, estimulam e apoiam as Doenças do Comportamento Alimentar (DCA:; TA Transtornos Alimentares no Brasil). A insvestigação analisa as características dos sites pro anorexia e pro bulimia e as mensagens a que os visitantes desses sites estão expostos.
Métodos. Foram analisados em relação ao conteúdo e de forma sistemática 180 sites todos eles em actividade, observando os aspectos logísticos/funcionalidades, as ferramentas o material "thinspiration"  (imagens e textos destinados a inspirar a perda de peso), dicas e truques, recuperação, assuntos e efeitos negativos apercebidos.
Resultados. Praticamente todos (91%) os sites estão abertos ao público em geral, e a maioria (79%) possui recursos interativos [possibilidade de comentar por exemplo]. A grande maioria (84%) disponibiliza conteúdos pró-anorexia e 64% conteúdos pró-bulimia. Poucos sites apresentam as docenças do comportamento alimentar como um estilo de vida. Material do tipo 'Thinspiration' existe em 85% dos sites. Em 83% dos sites, sugestões evidentes de sobre como se envolver  em comportamentos dca (TA no Brasil). 38% dos sites incluiam sites informação ou links orientados para a recuperação. Os assuntos comuns são: sucesso, controlo, perfeição e solidariedade.
Conclusões. Os sites pro-dca (pro-TA) apresentam material que encoraja, apoia e motiva os visitantes e utilizadores a prosseguirem os seus esforços em continuarem doentes. A observação regular desses sites numa perspectiva de investigação, pode fornecer uma informação preciosa para a melhor compreensão do efeito desses sites sobre os seus utilizadores.
Referência:
Borzekowski, D.L.G., S. Schenk, J.L. Wilson, R. Peebles. 2010. e-Ana and e-Mia: A content analysis of pro-eating disorder web sites. American Journal of Public Health. 100: 1526-1534.
DOI: 10.2105/AJPH.2009.172700
Correspondência:
Dina L. G. Borzekowski, EdD, Department of Health, Behavior and Society, Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, 624 N Broadway, Baltimore, MD 21205 (e-mail: dborzeko@jhsph.edu). Reprints can be ordered at http://www.ajph.org
At the time this research was completed, Dina L. G. Borzekowski and Summer Schenk were with the Johns Hopkins Bloomberg School of Public Health, Baltimore, MD. Jenny L. Wilson and Rebecka Peebles were with the Stanford University School of Medicine, Mountain View, CA.
imagem em flickr cc (aqui) : " O verdadeiro valor de uma rede tem menos a ver com a informação emais a ver com a comunidade. A autoestrada da informação é mais que um atalho para a Biblioteca do Congresso [uma das maiores bibliotecas mundiais]. A Internet está a criar um tecido social global nove" Being Digital , 1995, Nicholas Negroponte p.183.

Sep 18, 2010

...acne, imagem, depressão e...


A importância da imagem corporal na adolescência é muito grande. Hoje como há meio século (como ilustra o anúncio de 1965 acima reproduzido). O DN noticiou ontem (aqui) os resultados de um estudo baseado numa amostra de perto de 4000 adolescentes da Noruega entre os 18-19 anos. O resumo e referências do artigo original publicado no Journal of Investigative Dermatology , (16 September 2010) pode ser lido no fim deste post.

Esse estudo conclui pela associação entre depressão e pensamentos em por fim à vida e o acne. Acrescento que esta questão da associação entre o acne e a depressão e  suicídio nos adolescentes está desde há anos também relacionada com o uso de determinados fármacos anti-acne (que foram proibidos em alguns países) sobre os quais existiam indícios de geral depressões. É o caso do ACCUTANE (da Roche) e do ISOTRETINOIN (a versão genérica do medicamento). Esta mesma questão é discutida numa outra notícia sobre o mesmo estudo e que pode ser lida online (aqui).
Pela importância "do poder da imagem e à relação dos jovens com o espelho" transcrevemos algumas declarações de especialistas contactados pela jornalista Ana Bela Ferreira:
Psicólogo João Balrôa:
"O rosto é fundamental na comunicação humana e é importante sentir que o outro gosta da nossa presença. E, neste caso, o acne pode causar impressão no outro e essa sensação tem um grande impacto nos adolescentes". "o importante é o adolescente ter alguém que lhe dá valor e ajuda a secundarizar problemas". "Deve dar-se esperança ao jovem, até porque sabemos que o suicídio acontece quando as pessoas perdem a esperança"
Psiquiatra e ex-presidente da Sociedade Portuguesa de Suicidologia (SPS) Carlos Braz Saraiva:
"A imagem tem um papel importante na sociedade actual e os problemas ganham maior dimensão se forem na face"
Presidente da Sociedade Portuguesa de Dermatologia e Venereologia, Manuel Marques Gomes:"Está provado é que o acne é um dos problemas que pode aumentar a percentagem de suicídio, mas não é causa única"



Referência
Suicidal Ideation, Mental Health Problems, and Social Impairment Are Increased in Adolescents with Acne: A Population-Based Study
Jon A Halvorsen, Robert S Stern, Florence Dalgard, Magne Thoresen, Espen Bjertness and Lars Lien
Journal of Investigative Dermatology , (16 September 2010)
doi:10.1038/jid.2010.264

"RESUMO: (tradução livre do inglês)
Foi efectuado um estudo seccional baseado num questionário para aprofundar o conhecimento da relação entre os pensamentos suicidas, problemas de saúde mental e de socialização e o acne grave entre adolescentes com 18-19 anos. 
Foram convidados a participar 4.744 jovens e 80% (3.775) participaram. No conjunto, 14% dos inquiridos declararam ter muito ou muitissimo acne. Comparando os que declararam ter muitissimo acne e e aqueles que declararam ter pouco ou nenhum acne, os pensamentos suicidas ocorrem o dobro das vezes no caso das raparigas (25.5 vs 11.9) e são três vezes mais frequentes nos rapazes (22.6 vs 6.3). Os pensamentos suicidas estão associados estatisticamente ao acne também quando se adopta um  modelo de análise multivariável em que se controla os sintomas de depressão a etneia e o rendimento familiar. 
Estão também associados, os problemas de saúde mental, avaliados pelo questionário Strengths and Difficulties Questionnaire, fraca ligação aos amigos, fraco desempenho escolar, inexistência de uma relação amorosa e nunca ter tido uma relação sexual. O acne surge normalmente na adolescência e está associado a problemas sociais e psicológicos. Factores negativos incluindo ideias suicidárias e depressão que têm sido associadas com as terapias para o tratamento do acne podem afinal ser resultantes do próprio acne."

fotografia flickr cc (aqui) ; imagem: anúncio a creme de combate ao acne (1965)

Sep 17, 2010

...10 direitos do leitor

O direito de não ler.
O direito de saltar páginas.
O direito de não acabar um livro.
O direito de reler.
O direito de ler não importa o quê.
O direito de amar os “heróis” dos romances.
O direito de ler não importa onde.
O direito de saltar de livro em livro.
O direito de ler em voz alta.
O direito de não falar do que se leu.

Daniel Pennac em Como um Romance, Ed. ASA, 1992, p. 155.
ps-com as devidas adaptações também se aplica aos blogues. Ou não?

flotografia flickr cc (aqui)

Sep 16, 2010

...Perfeccionismo e comportamento alimentar dos adolescentes portugueses (artigo científico 2010; 997 estudantes)


Em Maio de 2009 quando criei este blogue escrevi o meu testemunho:
Queria ser perfeita...
em tudo. TUDO!
no que fazia, no que escrevia, no que dizia...
E isso amarrava-me a escrita, a fala, o viver.
Mas como pode ser perfeito alguém que se auto-destrói todos os dias?

A relação entre perfeccionismo e anorexia é actualmente estudada por vários investigadores portugueses. O artigo do qual se apresenta o resumo é um exemplo.É baseado nos resultados de uma amostra de 997 estudantes portugueses.Conclui que existe associação entre perfeccionismo e comportamentos alimentares não adequados.
Título: Perfectionism and Eating Behaviour in Portuguese Adolescents
Autores: Bento C (Bento, C.)1, Pereira AT (Pereira, A. T.)2, Maia B (Maia, B.)2, Marques M (Marques, M.)2, Soares MJ (Soares, M. J.)2, Bos S (Bos, S.)2, Valente J (Valente, J.)2, Gomes A (Gomes, A.)3, Azevedo MHP (Azevedo, M. H. P.)2, Macedo A (Macedo, A.)2
Revista: EUROPEAN EATING DISORDERS REVIEW, 18 (4), p.328, JUL-AUG 2010
RESUMO (tradução adaptada)
OBJECTIVO: o principal objectivo é investigar a associação entre perfeccionismo e comportamento alimentar numa amostra non-clinical de rapazes e raparigas adolescentes.
MÉTODO: 997 estudantes portugueses do ensino secundário e superior completaram a versão portuguesa da escala de perfeccionismo (CAPS) e dos comportamentos alimentares (EAT-2_).
RESULTADOS: Para os dois sexos, o nível medido de perfeccionismo total e o perfeccionismo sociallyprescribed/socialmente induzido (SPP) estavam positivamente e significativamente correlacionados com os valores obtidos para os resultados totais do teste EAT-25  e com todas as dimensões EAT: esforço para emagrecer(DT), comportamento bulimico (BRB), pressão social em relação à alimentação (SPE). Nas raparigas, auto-perfeccionismo (SOP) está também associado ao resultado EAT-25 total e respectivas dimensões, enquanto que nos rapazes se encontra apenas associado ao EAT-25 total e esforço para emagrecer (DT). Para rapazes e raparigas o perfeccionismo sociallyprescribed/socialmente induzido (SPP) é um predictor útil do comportamento alimentar (avaliado pelo EAT) total em todas as suas dimensões. Em relação ao auto-perfeccionismo (SOP) existem algumas diferenças entre rapazes e raparigas mostrando que nos rapazes esta dimensão não deve ser considerada um predictor dos comportamentos alimentares.
CONCLUSÃO: Os resultados confirmam que os níveis elevados de perfeccionismo (SOP  e SPP) estão associados com comportamentos alimentares anormais nos dois sexos.
Filação e contacto dos autores:
1. Paediat Clin Univ, Paediat Hosp Coimbra, P-3000076 Coimbra, Portugal
2. Univ Coimbra, Inst Med Psychol, Sch Med, P-3000 Coimbra, Portugal
3. Univ Aveiro, Dept Educ Sci, Aveiro, Portugal
Outros posts sobre perfeccionismo no esqueciaana:
http://esqueciaana.blogspot.com/2009/12/portugal.html (artigo sobre Portugal; estudo longitudinal; pub. 2009)
fotografia flickr cc: aqui

Sep 1, 2010

...Voltar de férias (I) : Reencontros e Conversas ( e campanha End FatTalk)

Regresso de férias! Reencontro de amigos e colegas! "Pôr a conversa em dia" em directo e ao vivo.Ter conversas de circunstância ou não. E entre elas algumas sobre o corpo (mais ou menos moreno, mais ou menos pesado etc.).  Quando li um comentário num blogue em que alguém lamentava a  terem chamado de anoréctica por estar mais magra (é grande a ignorância sobre a anorexia nervosa, há falsos mitos sobre a doença (4 aqui) e muitas ideias erradas sobre a doença (ver 23 dessas ideias aqui)). Lembrei-me de uma campanha que tem lugar há vários anos nos Estados Unidos: End Fat Talk.

Se alguém pretende ajudar uma amiga que pensa ter anorexia tem várias formas de o fazer e por vezes comentários bem intencionados fazem o efeito oposto. A anorexia não é 'ter a mania das dietas', não é  uma escolha, a anorectica não é 'culpada' de nada.


A tal campanha norte-america, que vai decorrer durante uns dias em Outubro, chama-se "Take Action. End Fat Talk" tem página (aqui) e também no Facebook (aqui). A minha primeira reacção ao tomar conhecimento da campanha foi: que disparate! com as minhas amigas falo do que quiser e me apetecer! ..estes americanos têm umas manias....Mas depois reconsiderei a opinião inicial. Afinal não custa muito pensar antes de fazer comentários que podem magoar quem os recebe ....sejam eles sobre o corpo ou sobre qualquer outro aspecto. [ Recordo-me por exemplo de um rapaz com anorexia numa entrevista ter dito que o que tinha desencadeado o seu comportamento de transtorno alimentar - factor próximo, não a 'explicação' - tinha sido o comentário de um tio sobre ele ser 'gordo'].

Reproduzo abaixo e parcialmente o manifesto FAT Talk / Freinds don't let friends Fat Talk. Para mim, o desejo de uma peso saudável é bom e desejável...o problema é quando estamos perante um transtorno alimentar (sobre 10 sinais de aviso e a minha experiência ( aqui) ; sobre diagnóstico ver por exemplo aqui).A campanha vale o que vale...mas se ajudar alguém a libertar-se ou a não entrar na doença...
"Participa! Aprende! Faz a diferença!
" dez milhões de mulheres debatem-se com transtornos do comportamento alimentar neste pais [Estados Unidos , 2010], o que é mais do que as mulheres que sofrem de cancro na mama. É tempo de tomarmos sermos donas do nosso destino, dos nossos corpos, das nossas consciências. Estamos a mudar o tema de conversa para criar em todo o lado uma imagem do corpo mais positiva para as mulheres!
Fat Talk [Falar de peso] corresponde a afirmações feitas nas conversações do dia a dia que reforçam o ideal de magreza e contribuem para a insatisfação das mulheres em relação aos seus corpos.
Alguns exemplos de Fat Talk:
"Estou tão gorda!"
"Isto faz-me gorda?"
"Tenho que perder uns quilos!"
"Ela é muito gorda para usar aquele bikini!"
Afirmações que são consideradas Fat Talk podem també incluir afirmações 'pela positiva' mas que reforçam a necessidade de ser magra:
"Estás fantástica!Perdeste peso?" [ do Manifesto do End Fat Talk]

Querem as leitoras e leitores acrescentar algumas frases ligadas ao Fat Talk ouvidas por estes dias?
adicionado em 22 de outubro: história da campanha fat talk (aqui)
Fotografia flickr cc (aqui)