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os 10 posts mais lidos (esta semana) seguidos dos posts mais recentes (26 Outubro 2016):

Jul 28, 2010

..."O Corpo e o Silêncio das Emoções" (Tese de Sandra Torres, 2005)

Esta tese de doutoramento encontra-se disponível (aqui).A mesma autora possui outras publicações mais recentes, algumas de acesso livre via google scholar por exemplo.

...Anorexia e Emoções ( investigação)


Um artigo publicado em 2003 por duas investigadoras portuguesas aborda uma questão bastante importante e para a qual os estudos empíricos até agora realizados ainda não encontraram resposta cabal. A tese de doutoramento de Sandra Torres (Universidade do Porto, 2005), pode ser lida integralmente aqui: O corpo e o silêncio das emoções: estudo da alexitimia na anorexia nervosa.

Sandra Torres / Marina Prista Guerra (#)
A CONSTRUÇÃO DE UM INSTRUMENTO DE AVALIAÇÃO DAS EMOÇÕES PARA A ANOREXIA NERVOSA
Psicologia, Saúde e Doenças, vol. IV, número 001
Sociedade Portuguesa de Psicologia da Saúde
Lisboa, Portugal pp. 97-110
(#) Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade do Porto


RESUMO:
Estudos desenvolvidos em torno da anorexia nervosa (*) e da alexitimia (**)apontam para a existência de uma relação entre estes dois quadros, sendo de salientar a frequente presença de alexitimia em doentes com patologia alimentar. Apesar de algumas investigações procurarem analisar esta relação, está ainda pouco claro o processo que caracteriza a vivência emocional deste tipo de doentes. Neste trabalho é descrita a construção do Questionário de Avaliação das Emoções para a Anorexia Nervosa (QAE-AN). Este instrumento foi elaborado com base na Teoria Diferencial das Emoções reformulada por Izard (1991) e na caracterização detalhada das emoções primárias nela reconhecidas (interesse, alegria, surpresa, cólera, nojo, desprezo, medo,angústia, vergonha, tristeza e culpa). Esta medida de avaliação faz referência a situações, comportamentos e pensamentos comuns na anorexia nervosa e como tal poderá contribuir para uma avaliação mais adequada das emoções experienciadas por este tipo de doentes.


Palavras chave: Anorexia nervosa, Alexitimia, Emoções, Instrumento de avaliação.


Conceitos:
(*) Anorexia nervosa «A anorexia nervosa caracteriza-se por uma restrição alimentar severa da qual resultam complicações que conduzem a uma significante morbidez biológica, psicológica e social e que, por vezes, pode até conduzir à própria morte.»
(**) Alexitimia « A alexitimia é definida como um conjunto de défices cognitivo-afectivos caracterizados por: (a) dificuldade em identificar e descrever sentimentos; (b)dificuldade em distinguir os sentimentos de sensações corporais decorrentes da actividade emocional; (c) processos imaginativos limitados (poucos sonhos ou fantasias); e (d) estilo cognitivo orientado para o exterior (Taylor, 1994).A alexitimia é considerada, actualmente, um factor de risco para odesenvolvimento de várias perturbações clínicas. No que concerne à anorexianervosa, embora não se possa afirmar que a alexitimia esteja directamenterelacionada com o desejo de emagrecer, existe evidência empírica de que estetipo de doentes apresentam com frequência um quadro alexitímico (Beales &Dolton, 2000; Laquatra & Clopton, 1994; Smith, Amnér, Johnsson, & Franck,1997; Taylor, Parker, Bagby, & Bourke, 1996).» continuar a ler o artigo aqui

Jul 23, 2010

..."a minha menina vai vencer esta terrível luta"


A anorexia faz sofrer muito todos os que convivem com o doente. Os pais sofrem pela dor dos filhos e pela relativa impotência numa luta injusta em que o doente muitas vezes parece estar a favor da doença e não luta contra ela. O testemunho abaixo transcrito é de uma mãe que tem neste momento a filha internada em luta contra a doença. Para ambas a nossa maior solidariedade.  


"A luta

enviado para AFAAB em 2010-07-12 por Mãe (*)


Apesar de por várias vezes já me terem falado da Vossa Associação só há bem pouco tempo tive coragem para consultar o site.
Fiquei deveras impressionada com o testemunho intitulado "PARTILHA DE DOR" (**). Aconselhava todos os familiares e amigos de pessoas que sofrem de doenças do comportamento alimentar a ler e divulgar se possível. Nem que seja para evitar o sofrimento de uma só familia valerá a pena, pois só quem têm a infelicidade de atravessar por este terrível deserto têm consciência do abismo em que mergulham as nossas vidas quando nos deparámos com este mal.
A minha filha já sofre de anorexia e bulimia há mais de 4 Anos, tenho lido muito, pesquisado imenso, mas nunca até hoje tinha encontrado um testemunho que descrevesse tão minuciosamente e intensamente o que pode representar o sofrimento de um(a) adolescente anoréctico(a), tal como o de uma mãe que acompanha com desepero esta terrível luta.
Identifico-me completamente com as palavras da mãe da Inês, excepto na última meia página, pois eu ainda tenho a sorte de ter a minha filha com vida. Confesso que sou assaltada na maior parte das vezes por uma terrível angústia, desconfiança e medo, mas tenho que continuar a acreditar que a minha menina vai vencer esta terrível luta contra essa intrusa que é a anorexia.
Neste momento está internada e quero ter fé, provavelmente estou a viver um dos piores momentos da doença: o afastamento. Essas são as regras do internamento, clausura total, sem visitas, telefonemas e qualquer contacto com o mundo exterior, mas se é para ela curar essa maldita doença valerá a pena. O pior é quando sou assaltada pelas outras hipóteses, que não se vai recuperar e que pode morrer. Pensar nisso impede-nos deveras de viver, ou melhor sobreviver, porque como diz o testemunho já entes referido quando o diagnóstico é anorexia existe uma vida "antes" e outra "depois".
Tenho receio de não voltar a ter a minha menina de volta, tenho medo por ela e por mim também, pois sem ela não sei como viver.
Leiam e divulguem por favor, demora 10 minutos e pode salvar familias desta trágica maldição que é a anorexia.
A todas as mães que estão a passar por fases tão dificeis como a que eu estou a viver, desejo toda a força e coragem, porque é deveras muito dificil para quem ama as suas filhas do mais profundo das suas entranhas conseguir ultrapassar de uma forma completamente ilesa esta terrível dor.
Muito obrigada, e espero do mais profundo do meu ser poder escrever aqui uma mensagem de esperança o dia que a minha filha esteja recuperada. "


(*) com permissão da autora "Não há qualquer problema para divulgar o meu post, pois sou da opinião que mais informação seja transmitida sobre esta maldita doença, mais casos se poderão evitar e portanto podemos eventualmente ajudar nem que seja uma única familia a não atravessar este inferno que é a ANOREXIA.Aguardo desesperadamente os resultados do internamento da minha filha e espero que um dia todas "nós" juntas possamos fazer algo para ajudar o próximo."

(**) A autora desse testemunho (Ana Granja) publicou um livro (Sem ti Inês) a que fazemos referência aqui e aqui.

Jul 22, 2010

...Anorexia Nervosa (identificada há 130 anos, discutida - ainda- hoje)

Sir William Gull foi o primeiro médico a diagnosticar a anorexia nervosa em 1874 (encontrei esta informação originalmente na wikipédia em inglês (aqui), e confirmei-a com outras fontes, nomeadamente um artigo deste ano da European Eating Disorders Review de Janeiro de 2010 e que pode ser lido na integra (em inglês, formato pdf) (aqui). Esse médico para além de ter 'baptizado' a anorexia descobriu o sindroma Gull-Sutton e efectuou investigação pioneira sobre a paraplegia e 'myxoedema'.
McKnight, Rebecca F.  and Park, Rebecca J. (*)(2010)
Atypical antipsychotics and anorexia nervosa: A review
European Eating Disorders Review, vol 18, n.1, p.10-21.
(*)Department of Psychiatry, University of Oxford, Warneford Hospital, Oxford, UK


“ O médico londrino William Gull foi o primeiro a usar o termo anorexia nervosa (AN), tendo publicado a descrição clínica do sindroma em 1874. Descrevia uma série de casos que tratou [ nota do esqueciaana: as duas imagens da esquerda são a mesma paciente enquanto doente e depois de recuperada] e considerava que durante o tratamento ‘the inclinations of the patient must be in no way consulted’[ traduzido livremente: a vontade do doente não deveria ser tida em conta], e que a doença era particularmente difícil de tratar devido à presença de um ‘estado mental morbido’ (Gull, 1874).
Passados 130 anos a Anorexia Nervosa apresenta ainda a mais alta taxa de mortalidade de qualquer distúrbio psiquiátrico [ no original inglês: has the highest mortality rate of any psychiatric disorder] (Hoek, 2006; Steinhausen, 2002). Os desafios inerentes ao tratamento da Anorexia Nervosa foram bem delineados por Gull; o doente é geralmente pre-contemplativo e não coopera com o tratamento, as patologias físicas e psicológicas estão interligadas, portanto devem ser consideradas em simultâneo, e que a doença com um curso natural de 5-6 anos possivelmente não responde a uma estratégia de tratamento rápido (e portanto barato). O problema da disponibilidade de tratamento tem crescido com o aumento do número  de doentes que apresentam anorexia nervosa. Actualmente a incidência é estimada em torno de 8 por 100.000 e por ano com uma prevalência de 0.3% nas mulheres jovens (Hoek, 2006). Segundo os registos estatísticos das admissões nos hospitais [no Reino Unido] abrangidos pelo NHS [serviço de súde britânico] entradas com um diagnóstico de anorexia nervosa subiu 80% nos últimos 10 anos, impondo a necessidade de estratégias de tratmento mais eficazes. (NHS Information Centre, 2009). " (continuar a ler aqui)
Referências na citação:
Gull, W. (1874). Anorexia nervosa. Transactions of the clinical society of London, 7, 22–28.
Hoek, H. W. (2006). Incidence, prevalence and mortality of anorexia nervosa and other eating disorders. CurrentOpinion in Psychiatry, 19, 389–394.
NHS Information Centre. (2009). Hospital Episode Statistics Online: Four character primary diagnosis 2008. Hospital Episode Statistics Online.
Steinhausen, H. C. (2002). The Outcome of Anorexia Nervosa in the 20th Century. American Journal of Psychiatry, 159, 1284–1293.
O artigo integral pode ser lido aqui.

Jul 21, 2010

...classificação e descrição das doenças mentais (DSM, discussão pública)

Neste blogue esqueciaana temos apresentado alguma informação sobre o Manual da Classificação e Descrição das Doenças Mentais da Associação Norte-Americana de Psiquitria (APA) ( em inglês :Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders - DSM) .
Sobre o DSM (7 posts aqui).
Na Classificação Internacional de Doenças (CID) rev. 10 e na Classificação e descrição das doenças mentais da Associação Norte- Americana de Psiquitria (APA), DSM,  encontram-se caracterizações da Anorexia Nervosa e de outras doenças associadas ao comportamento alimentar.
Actualmente discutem-se os critérios de diagnóstico da Anorexia e da Bulimia no âmbito da nova versão do manual DSM V ( + aqui, aqui e aqui por exemplo) . Essa discussão é pública. No âmbito dessa discussão pública recebi hoje o email abaixo transcrito. Se vier a participar, darei conta aos visitantes da participação.
"21 July
Thank you for your interest in participating in field trials for the DSM-5. This email is just to let you know that we have received your information and have added you to our list of potential participants. We will send you more information on the field trials as it becomes available. If you have any questions, please email ...
(...)
For updates on the status of the DSM-5, please visit www.dsm5.org.
Sincerely,
[LC]
Research and Communications Coordinator
Practice Research Network
American Psychiatric Institute for Research and Education"

Jul 20, 2010

..."faz-se o caminho a andar" (dedicado à vitória de I.)


"Caminante, son tus huellas
el camino y nada más;
Caminante, no hay camino,
se hace camino al andar.
Al andar se hace el camino,
y al volver la vista atrás
se ve la senda que nunca
se ha de volver a pisar.
Caminante no hay camino
sino estelas en la mar."
António Machado (poeta sevilhano)
Fotografia flickr cc (aqui)

Jul 19, 2010

...Hospitalização (Internamento) em Espanha por anorexia e bulimia (10.569 internados com dca, 10-18 anos de 1998-2007)

Vai estar disponível no próximo mês de Agosto um artigo científico sobre as doenças do comportamento alimentar em Espanha. Os números são preocupantes: considerando apenas crianças e  jovens com idade entre os 10 e os 18 foram internados 10.569 em 9 anos ! Ou seja mais de mil por ano. Continuamos a procurar estudo idêntico para Portugal.
Resumo (tradução livre do inglês) Fonte original do resumo (em inglês) (aqui)

O estudo descreve e analiza os internamentos em hospital de crianças e adolescentes dos 10 aos 18 anos de idade com doenças do comportamento alimentar (dca), em Espanha.  Foi conduzido um estudo retrospectivo da hospitalização e calculadas taxas de hsopitalização (internamento). Foram analisados: duração do internamento, características psicológicas, condições de saúde e morbilidade. No período em análise (1998-2007) foram internados 10.569 doentes com dca (transtorno alimentar TA no Brasil). A mediana do internamento foi maior nos doentes com anorexia do que com bulimia, respectivamente 14 dias e 9 dias. O sintoma psiquico mais comum foi a 'mood disorders'. A incidência devida à anorexia não se alterou significativamente durante o peíodo em análise. O artigo apresenta ainda o perfil clínico das crianças e adolescentes hospitalizadas com dca.

Hospitalization trends in Spanish children and adolescents with eating disorders (1998-2007).
Lopez-de-Andres A, Carrasco-Garrido P, Hernández-Barrera V, Gil-de-Miguel A, Jiménez-Trujillo I, Jiménez-García R.
Preventive Medicine and Public Health Teaching and Research Department, Rey Juan Carlos University, Madrid, Spain. ana.lopez@urjc.es
Appetite. 2010 Aug;55(1):147-51.

foto flickr cc (aqui)

Jul 14, 2010

.. Portal IPJ (desapareceram os comportamentos alimentares!)




Falta informação dirigida aos doentes que sofrem de doenças de comportamento alimentar e aqueles que estão em maior risco de desenvolver uma doença que pode ser mortal (familiares, amigos, professores, treinadores e outros também necessitam dessa informação). Protesto pela aus~encia de informação sobre as dca (doenças de comportamento alimentar) no site do IPJ (Instituto Português da Juventude). A história conta-se em poucas palavras: em Setembro encontrei o link Comportamentos Alimentares (ver imagem acima) que não remetia para nenhuma página. Contactei então o IPJ por email tendo recebido em Fevereiro de 2010 a resposta que abaixo reproduzo. Em Março continuava o link quebrado, Actualmente a página continua a existis mas SEM o link dos Comportamentos alimentares. Será que o problema deixou de ser importante para a juventude portuguesa?  A avaliar pelas consultas nos hospitais públicos não é isso que se pode concluir.
São muitos os países em que existem sites de organizações públicas dirigidas à juventude em que essa informação se encontra disponível. Será que em Portugal não existem recursos humanos, científicos e financeiros suficientes para criar uma página informativas (estamos a falar de uma página informativa, não de uma biblioteca digital!)? Em minha opinião esses recursos existem.   Vou continuar a insistir com que tem obrigação de informar os cidadãos de uma forma geral.
Irei aqui dando conta dos resultados..
___________________________________________________
Revisito o site do IPJ e continua a falha. Hoje final de Março, o site no que se refere a Comportamentos Alimentares possui um link....sem conteúdo. Em Fevreiro responderam-nos que a falha tinha sido reportada. Será assim tão difícil criar uma página?
(...)
Hoje, 23 de Fevereiro actualizamos este post. A página do IPJ Temas dos comportamnentos alimentares está vazia. Contactámos os responsáveis do portal que nos responderam de imediato (texto do email abaixo) :
Boa tarde Ana
Informamos que
houve uma anomalia nesta página, a qual já foi reportada.
Agradecemos o seu contacto.

Sempre ao dispor,
A
equipa do Portal
Suporte utilizador
E-mail: suporte@juventude.gov.pt
http://juventude.gov.pt/
Ficamos a aguardar a rectificação da anomalia.

Demos conta em anterior post dos 19 gabinetes de apoio à juventude que incluem apoio associado aos comportamentos alimentares. Assinalamos que a página TEMAS DOS COMPORTAMENTOS ALIMENTARES está vazia (informação actualizada em 23 fevereiro 2010) (ver imagem acima). Sugestão: contactem o IPJ a perguntar o que se passa. Eu já escrevi para sugestoes@juventude.gov.pt ( e obtive a resposta acima). Para além disso, os SITIOS DE INTERESSE PARA TI na mesma página do IPJ são apenas 2 (dois!): um do ministério da saúde (link quebrado!) outro para a plataforma contra a obesidade. Já em anterior post em Setembro passado tinhamos feito referência à insuficiente informação disponibilizada. Agora deixou de ser insuficiente, passou a nula, mas segundo email acima o problema já foi reportado.

Jul 13, 2010

... "largar esse silêncio que nos aprisiona" (contributo de T)

Recebi o comentário abaixo que muito agradeço em relação a anterior post (aqui)

"O "não sei", o "sei lá", o ...de tudo" o "não aconteceu nada" são, para mim, recorrências quando a cabeça está cheia e não se sabe por onde começar... Às vezes a cabeça está tão cheia de pensamentos antes de chegar à terapia, quero dizer tanta coisa ou tenho tanta coisa para dizer que quando me sento e respiro fundo fico "vazia" (como é que é possível?) e mesmo antes da primeira pergunta digo.."não sei"... E isso afasta-nos do terapeuta, deixa-nos na bolha, porque ele/ela não adivinha o que está cá dentro, por mais que tenhamos vontade!... do que já tenho aprendido, o melhor caminho para dizer aquilo que não sabemos dizer, é dizer...outra coisa qualquer... mas começar, largar esse silêncio que nos aprisiona. Mais cedo ao mais tarde vamos parar ao "não sei" e sai-nos tudo! Porque há sempre tanto para dizer..."

imagem flickr cc (aqui)

..."o valor das coisas..." ( Fernando Pessoa)


"O valor das coisas não está no tempo que elas duram, mas na intensidade com que acontecem. Por isso existem momentos inesquecíveis, coisas inexplicáveis e pessoas incomparáveis."
Fernando Pessoa

Imagem flick cc (aqui)

Jul 5, 2010

..."Anorexia nervosa: caracterização sócio-demográfica e clínica das anorécticas em tratamento em Portugal" (provas de mestrado FPCE-Univ.Porto)

Encontrei esta notícia (aqui) na Página da Universidade do Porto. As provas são abertas a todos os interessados. O esqueciaana dará mais notícias desta investigação da Helena Cristina M. Pinheiro em breve.
Provas de Mestrado Integrado em Psicologia - Helena Cristina M. Pinheiro

Psicologia
Dia 9 de Julho de 2010, às 10,00 horas - sala 117
- Provas do MESTRADO INTEGRADO EM PSICOLOGIA, para obtenção grau académico de mestre em PSICOLOGIA, na área de especialização de Psicologia Clínica e da Saúde, requeridas por Helena Cristina Morais Pinheiro.
Discussão da dissertação intitulada: "Anorexia nervosa: caracterização sócio-demográfica e clínica das anorécticas em tratamento em Portugal".
JÚRI:
Doutor Rui Alves
Doutora Isabel Maria Sousa Lopes Silva
Doutora Sandra Torres - orientadora
Local: Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade do Porto

Jul 2, 2010

... identificar e expressar emoções e 'não sei' (16 significados)

(Os "Não sei"s ;  clique sobre a imagem acima para a ampliar

[Nota de esqueciaana: este post tem dedicatória: a todos os que como eu dizem demasiadas vezes não sei...sabendo ]
Do blogue de Laura Collins transcrevo este texto: [tradução livre de esqueciaana; texto original, em inglês,  pode ser encontrado aqui]

"Os doentes com doenças do comportamento alimentar (dca; transtorno alimentar) frequentemente têm dificuldade em descrever suas emoções. Isso tem um rótulo científico: "alexitimia" (definição da wikipedia aqui; a=ausência + lexi=palavra + timia=emoção)).
Uma definição de ALEXITIMIA da F.E.A.S.T- Families Empowered And Supporting Treatment of Eating Disorders, Eating Disorders Glossary:
"Alexitimia é um conceito que define a incapcidade de identificar ou expressar emoções. Vários estudos mostraram que os indivíduos em situações agudas de anorexia nervosa e bulimia nervosa apresentam níveis mais elevados nos testes de alexitimia quando comparados com os doentes recuperados" Fonte original (aqui)

Uma coisa é reconhecer  a alexitimia, mas encontrar resposta para ela é outra coisa completamente diferente. Gosto bastante do Diagrama Grey Thinking's : o "NÃO SEIs" [esqueciaana: 16 significados para as palavras 'não sei';  aqui no original e na figura acima].
Os pais podem querer imprimir e guardar!!"Laura Collins no blogue "Are you eating with your anorexic?"

Imagem sobre os "Não seis" originalmente publicada aqui.Para ampliar a imagem cliquar.
Iremos analisar aqui no esqueciaana em posterior post estes "não sei"

Jul 1, 2010

..."destruiu-me a mim e à minha família"


Toda a notícia (janeiro 2010) pode ser lida em inglês aqui.
Título: "Durante anos Abby Baker não comeu para ficar magra. Os que amavam observaram como ela lutou contra os seus demónios.
Abby Baker, estudante inglesa,  está recuperada. Ela, pais, irmã e amiga foram entrevistados:

Abby Baker (18 anos) relata o seu processo de doença:
" [Quando estava anoréctica] tinha alcançado os meus objectivos- estava terrivelmente magra. Mas estava também desesperadamente infeliz." (+ aqui)

Mãe de Abby (47 anos) relata a difícil processo depois do diagnóstico:
" A mais pequena coisa desencadeava uma reacção agressiva. Ela atingia-me, gritava-me, puxava-me o cabelo. Mas eu sabia que a doença é que estava a provocar aquele comportamento. A minha Abby estava algures ali".

Uma amiga de Abby (17 anos):
"Eu queria dizer aos pais dos meus receios, mas tive medo que ela perdesse a confiança que tinha em mim e não queria deixá-la sozinha sem ninguém com quem desabafar"

Irmã de Abby (13 anos):
" Estou orgulhosa da Abby estar a recuperar mas ainda me sinto muito protectora em relação a ela. Posso ser a irmã mais nova, mas serei sempre a que olha por ela"  

Pai de Abby (48 anos):
" Ainda me sinto culpado de não ter visto os sinais. Hoje em dia todas as adolescentes se preocupam com o peso- não pensei que com a Abby fosse diferente" . 


Mary George, porta voz de Beat, Eating Disorders Association
"Para as 1,6 milhões de pessoas afectadas pelos distúrbios do comportamento alimentar no Reino Unido, existe ainda um maior número de famílias e de amigos que são afectados por essa doença com eles."