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os 10 posts mais lidos (esta semana) seguidos dos posts mais recentes (26 Outubro 2016):

Dec 26, 2014

natal e não dezembro

 
 
 Natal, e não Dezembro

Entremos, apressados, friorentos,
numa gruta, no bojo de um navio,
num presépio, num prédio, num presídio
no prédio que amanhã for demolido...
Entremos, inseguros, mas entremos.
Entremos e depressa, em qualquer sítio,
porque esta noite chama-se Dezembro,
porque sofremos, porque temos frio.

Entremos, dois a dois: somos duzentos,
duzentos mil, doze milhões de nada.
Procuremos o rastro de uma casa,
a cave, a gruta, o sulco de uma nave...
Entremos, despojados, mas entremos.
De mãos dadas talvez o fogo nasça,
talvez seja Natal e não Dezembro,
talvez universal a consoada.

David Mourão-Ferreira, Cancioneiro de Natal

Nov 26, 2014

Investigadora portuguesa (Eva Conceição) recebe prémio da Eating Disorders Research Society



"Eva Conceição, investigadora do Grupo de Estudos das Perturbações Alimentares, Escola de Psicologia, Universidade do Minho (GEPA/CIPsiUM), recebeu o Early Career Investigator Award da Eating Disorders Research Society. O prémio corresponde à melhor comunicação submetida anualmente por um(a) jovem investigador(a). A comunicação intitulada Loss of control eating and picking or nibbling after bariatric surgery: A two year longitudinal study, foi apresentada numa sessão plenária do encontro da Eating Disorders Research Society, que se realizou em San Diego (CA, USA) de 9-11 de outubro de 2014."
Fonte da notícia: (aqui)
O esqueciaana já antes se tinha referido ao trabalho desta investigadora e co-autores (aqui). Endereçamos os parabéns a toda a equipa do GEPA! Desejamos que a investigação tenha o reconhecimento e divulgação merecidas!

Seguem abaixo os resumos e links para a Tese de Eva Conceição e a apresentação que recebeu o prémio.

Texto integral da Tese de Doutoramento de Eva Conceição pode ser consultado aqui.

O Papel do Comportamento Alimentar na Cirurgia da Obesidade: Avaliação, Intervenção e Resultados do
Tratamento
Eva Conceição
"A obesidade constitui um problema de saúde pública emergente, que se associa a riscos elevados para a saúde física e que tem um impacto substancial no bem-estar psicossocial do indivíduo. Dada a dificuldade dos tratamentos não cirúrgicos para a obesidade em atingir perdas de peso substanciais e manter os resultados a longo-prazo, a cirurgia bariátrica tem vindo a ser considerada a intervenção mais eficaz no tratamento da obesidade mórbida. A cirurgia da obesidade tem sido também associada a melhorias significativas no peso, qualidade de vida, auto-estima e funcionamento social. No entanto, parece haver um subgrupo de pacientes que não atinge perdas de peso significativas, ou volta a aumentar de peso após uma melhoria inicial. Vários estudos têm sugerido que a presença de comportamentos alimentares desadaptativos e sintomas psicopatológicos associados influenciam os resultados terapêuticos. Entre outros, a presença de ingestão compulsiva, o uso da comida para lidar com estados de humor intensos e eventos de vida stressantes, a perda de controlo e o petisco contínuo parecem ter um papel importante nos resultados do tratamento. Assim, a importância do estudo dos comportamentos alimentares e da sua relação com o aumento e perda de peso depois da cirurgia impõe-se, de modo a promover o sucesso do tratamento. Esta dissertação irá explorar o papel da perturbação alimentar e padrões alimentares nos resultados, em termos de perda de peso, da cirurgia da obesidade, desde a condição de ingestão compulsiva no período pré-cirurgia, até aos resultados a longoprazo, passando pela descrição de um programa de intervenção em grupo de preparação para a cirurgia da obesidade, e pela abordagem da importância de uma medida validada de avaliação dos problemas disfuncionais específicos desta população. O Primeiro Capítulo irá abordar “Sintomas de Comportamento Alimentar nos Pacientes Obesos em Cirurgia da Obesidade: Comparação de um Grupo de Sujeitos Com e Sem Compulsão Alimentar”. Os principais resultados evidenciam a existência de um grupo distinto de pacientes que se apresentam para cirurgia bariátrica. Os dados mostraram que, apesar dos grupos apresentarem IMC semelhantes no momento précirúrgico, os pacientes com compulsão alimentar diferem significativamente em várias dimensões relacionadas com a sintomatologia alimentar e distress geral psicológico. O Segundo Capítulo apresenta a descrição de um “Grupo de Preparação Para a Cirurgia Bariátrica”, um programa psicoeducacional desenhado para a preparação dos pacientes para o processo cirúrgico, apoiando e suportando a tomada de uma decisão consciente e informada e alertando para as implicações do processo cirúrgico nos diferentes aspectos da vida. No Terceiro Capítulo será apresentado o estudo de validação e as propriedades psicométricas de um novo instrumento que pretende avaliar e identificar comportamentos alimentares disfuncionais específicos e características psicológicas associadas da população obesa em cirurgia da obesidade: o “Obesity Disordered Eating Questionnaire – ODE: Uma Medida de Auto-Relato Para Comportamentos Alimentares Disfuncionais em Pacientes Submetidos a Cirurgia Bariátrica”. Os resultados mostraram que o ODE revelou ser uma boa medida de auto-relato para avaliação de comportamento alimentar disfuncional e característica associadas, e útil na identificação de comportamentos alimentares disfuncionais nesta população. Por último, o Quarto Capítulo explora os “Resultados Terapêuticos na Cirurgia da Obesidade: O Papel dos Comportamentos Alimentares e da Sintomatologia Alimentar”, analisando as alterações nos comportamentos alimentares com a cirurgia e a prevalência destes comportamentos antes e depois da cirurgia, a curto e a longo-prazo. Este capítulo explora ainda o impacto dos comportamentos alimentares presentes após a cirurgia na perda e posterior aumento de peso. Os resultados apontam para uma melhoria inicial dos comportamentos alimentares e sintomatologia associada, mas para um aumento de peso posterior associado à presença de um conjunto de variáveis em interacção relacionadas com características alimentares disfuncionais. Uma vez que os comportamentos alimentares apresentam uma forte associação com o aumento de peso e insucesso do tratamento (particularmente a longo-prazo), uma abordagem por passos parece a opção mais razoável para levar a intensidade e tipo de tratamento mais adequado a cada paciente, Assim, torna-se fundamental uma preparação inicial que permita a tomada de decisão informada, assim como uma avaliação e monitorização sistemática a longo-prazo dos comportamentos alimentares específicos, de modo a prevenir o insucesso terapêutico."
 
O resumo (em inglês) da comunicação em co-autoria cuja versão integral não encontrámos disponível é:
EARLY CAREER INVESTIGATOR AWARD WINNER
LOSS OF CONTROL EATING AND PICK OR NIBBLING AFTER BARIATRIC SURGERY: A TWO YEARS LONGITUDINAL STUDY 
Eva M Conceição1, Ana P Bastos1, Sofia Ramalho1, Ana R Vaz1, Ross Crosby2,3, James E Mitchell2,3, Paulo PP Machado1
1University of Minho, School of Psychology, Braga, Portugal/2Neuropsyhciatric Research Institute, Fargo, ND, United States/3University of North Dakota School of Medicine and Health Sciences, Fargo, ND, United States

This longitudinal study assessed loss of control eating (LOC) and picking or nibbling (P&N) before and after bariatric surgery and investigates their stability over time and its association with weight outcomes. Seventy three consecutive patients were assessed pre-operatively and 24 month after surgery (62.7%LAGB and 37.3% GBP; 83% Fem). Assessment included diagnostic clinical interview (EDE-BS) and a set of self-report measures assessing eating symptomatology, general distress, depression, and body image.  Our data show that 90.9% of pre-surgery LOC eaters remit after surgery and 15% present LOC eating "de novo" after surgery. (continuar a ler na fonte original)
Fonte: http://www.edresearchsociety.org/EDRS_ONLINE/core_routines/view_abstract_no.php?show_close_window=yes&abstractno=123

Nov 14, 2014

em 60 segundos...

Em 60 segundos online ocorrem em média actualmente:
1,8 milhões de likes no Facebook
1,4 milhões de ligações por Skype
204 milhões de emails enviados
etc.
(ver figura abaixo)
Estaremos mais ligados? Estaremos mais solidários?

Nov 5, 2014

Podemos (Queremos?) apagar as Memórias?







O esqueciaana tem a ver com  memórias e não é apenas no título!
Lembrei-me do filme o Despertar da Mente (Brilho Eterno de uma Mente Sem Lembranças no Brasil e título original Eternal Sunshine Of The Spotless Mind) [primeiro vídeo] quando vi o vídeo sobre as memórias recentemente publicado no blogue Salpicos [segundo vídeo].
Será que se pudéssemos quereríamos apagar as memórias? E quais?

Oct 20, 2014

Para Mulheres Reais (carta de Jessica Athayde)


A Jessica é uma atriz portuguesa que recentemente desfilou num evento de moda e algumas fotografias divulgadas (não a que acima reproduzo, que são da autoria da própria e retiradas do blogue que possui a jessyjames) derem origem a ataques verbais nas redes sociais, blogosfera. Houve muitas respostas de várias origens. Prefiro esta na primeira pessoa que abaixo transcrevo. Os sublinhados são do esqueciaana.
 "Para mulheres reais"
"As palavras que vos escrevo poderiam não ser escritas. Era mais fácil “não dar importância assunto” e “deixar morrer a coisa”. Era mais fácil…. mas não é o que vou fazer porque as palavras que vos escrevo não são só sobre mim: são sobre as mulheres e a forma como são permanentemente olhadas, julgadas e atacadas. São sobre uma ditadura de imagem imposta, uma tendência redutora de nos verem e de nós próprias olharmos umas para as outras. Isto tem de ser denunciado. Este bulliyng permanente tem de acabar e pretendo ser uma voz activa neste caminho que tem de ser percorrido por todas nós.
Sou actriz. Não sou modelo. Optei há muito por um estilo de vida saudável, com escolhas que faço todos os dias em relação à minha alimentação e prática de exercício físico.
Faço-o porque quero viver muito. Quero viver bem. Quero ser saudável e feliz como tantas outras mulheres.
Desfilei na Moda Lisboa como convidada. Desfilei com o corpo que tenho que é o meu e no qual me sinto muito bem.
Qual não foi a minha perplexidade quando observo que, a propósito de uma fotografia menos feliz, sou alvo de críticas, comentários desagradáveis e uma série de mimos, próprios deste mundo das redes sociais, em que ainda nos estamos a habituar a viver.
Estes comentários foram feitos na maioria por mulheres. Mulheres, vou repetir.
Mulheres que são filhas, mulheres que são mães, mulheres que ainda não perceberam que cada vez que cedem à tentação de atacar outra mulher com base nas suas características físicas, estão a enfraquecer a condição feminina, em vez de lhe dar força.
Estão a cultivar as inseguranças, as desordens alimentares, a escravidão da imagem.
Sou uma mulher segura, pelo menos trabalho nesse sentido. Se este incidente fosse só sobre mim, posso garantir-vos que pouca importância lhe daria.
Mas questiono-me sobre a quantidade de mulheres menos seguras, de todas as idades, mais ou menos felizes, magras, gordas, altas, baixas sofrem este tipo de perseguição no seu dia-a-dia. Mulheres que ao contrário de mim, não têm uma voz que se faça ouvir… Para alguma coisa tem de servir o facto de ser figura pública. Que seja então para dar voz a um grito que sei ser de muitas que me estão a ler neste momento: CHEGA!
Cada mulher é um mundo muito para além do corpo que a recebe. Apoiem -se. Defendam -se. Não permitam olhares redutores sobre aquilo que somos.
A dignidade da condição feminina passa também pelas mulheres perceberem que têm se unir nessa procura e nessa luta.
Queremos um mundo com mulheres felizes, inteligentes, pró-activas, inovadoras, solidárias e que façam a diferença.
Temos de estar juntas nesse objectivo.
Há pouco tempo perguntaram-me numa entrevista quem é que eu admirava, foi fácil responder. Emma watson, 22 anos, penso eu.
Emma Watson (actriz como eu) no seu primeiro discurso como Embaixadora das Nações Unidas para a Boa Vontade, inspirou o mundo lançando a campanha ONU #HeForShe, que fala sobre a liberdade e a igualdade entre os sexos.
Fala sobre a importância dos homens apoiarem as mulheres neste caminho.
Eu acrescento e peço em Portugal que abracemos também o #SheForShe
Ela por ela. Cada uma de nós pela mulher ao nosso lado. Seja no autocarro ou numa fotografia no ecrã do computador.
Beijinhos
Jessy"
FONTE da imagem e texto: http://jessyjames.pt/?p=3054

Sep 22, 2014

DEPRESSÃO (video OMS) "manter uma mentira emocional deixa-nos exaustos"...


A Organização Mundial de Saúde inclui nesta página http://www.who.int/topics/depression/en/ alguma informação sobre depressão. O video (versão legendada no Brazil) chama-se: UM CACHORRO PRETO CHAMADO DEPRESSÃO. Video original: "I had a black dog: his name was depression" (4:17)https://www.youtube.com/watch?v=XiCrniLQGYc

Atualmente, a depressão afeta mais de 350 milhões de pessoas no mundo inteiro. Projeções da OMS estimam que no ano de 2030, entre todas as doenças, a depressão será a mais comum.  Existem tratamentos efetivos, mas menos da metade dos afetados pela doença recebem qualquer tipo de tratamento. Se o leitor ou alguém próximo  sofre de depressão, procure ajuda profissional.  Esse pode ser o primeiro grande passo em direção a uma grande mudança.
(nota do esqueciaana: usar um cão como referência para a DEPRESSÃO talvez não tenha sido a esolha mais feliz - porque não antes um monstro? uma carraça? uma lapa?- mas pensando bem a ideia é de que se agarra, se fideliza, se 'afeiçoa ao dono, o deprimido'. E a afeição é mútua. E assim sendo a figura do cão não está mal escolhida. PS-Desculpa Farrusco!)
 

Sep 4, 2014

Estudantes Universitários em Risco/ University Students at Risk


 
(transcrevo pela urgência e prometo tradução para breve)

University Students At Risk

By AMIRA SHEHATA
Published: September 3, 2014
Beginning college is a monumental transition in the lives of adolescents all over the world. This transition brings with it a mixed bag of blessings and challenges. Students sacrifice their safety nets of family, friends, and hometown familiarity for a world of boundless opportunity; exposure to diverse cultures; limitless knowledge; and, on the darker side, new challenges and stressors. They start to feel both physical and mental pressures including demanding academic schedules, cafeteria-style eating, changes in physical activity, pressures to “fit in,” and making new friends.
The many challenges of the university experience can turn college campuses into “incubators” for eating disorders. Transition times are typically high-risk periods for the emergence of eating disorders and the sheer number of changes that the transition to college entails can create the perfect conditions for the emergence of an eating disorder. It comes as no surprise that eating disorders are prevalent on college campuses. Studies indicate that 91% of women in college attempt to diet in order to control their weight, while 25% engage in binge eating and purging. Up to 61% of college students (of both sexes) exhibit disordered eating. The most common eating disorder on campuses is probably one you might never have heard of, namely binge-eating disorder, or BED. BED is characterized by binge eating (eating an unusually large amount of food in a discrete period of time and feeling out of control over eating or like you can’t stop eating).
Raising awareness about body image and healthy eating can be a first step in removing weight stigma and reducing eating disorders on college campuses. Educate yourself about eating disorders so you will be better equipped when trying to help someone in need. After doing so, raise awareness so that other students understand what eating disorders are and how they can find help if they need it. Here are a few tips for helping your friends who are battling eating disorders:
  • Tell your friend you are concerned about them and have an honest conversation where the focus is not on body image, but rather on health
  • Compliment your friend’s success, personality, and achievements—not just their appearance
  • Be a good role model – exemplify healthy eating habits
  • Let your friend know you are always available for support and help
  • Make your friend aware of the resources on campus. Offer to accompany them if they choose to take advantage of these resources
  • Recognize and set your limits. If the situation is out of control, go to a professional.
Many college campuses have resident advisors (RA) in their dorms who can counsel and refer them to professionals for treatment. There are many college organizations that focus on erasing the stigma of mental health and eating disorders, and can be great support systems for individuals suffering from eating disorders on campus. Moreover, within campus health there is usually a counseling and psychological services division (CAPS). Any student who wants to discuss his/her physical, emotional, spiritual, or mental well being can walk in or set up an appointment with a counselor for individual, couples, or group therapy. University affiliated hospitals also exist and may house specialized eating disorder centers that provide therapy, nutritional counseling, medication management, and physical monitoring.
For students at UNC-Chapel Hill who may be suffering from an eating disorder or know someone who is, a list of resources can be found on the UNC CEED website. Also, register to attend one of Embody Carolina’s 4-hour peer lead workshops, which provide education and training to students on how to serve as compassionate and effective allies to those struggling with eating disorders on campus. Embody Carolina is an accredited Buckley Public Service Scholars (BPSS) Skills Training and can be used to fulfill the requirements of the BPSS program. You can also join the Embody Carolina team, serving on the leadership board, leading training workshops, or participating in outreach initiatives on campus, thereby helping to create a more protective environment for individuals vulnerable to or currently struggling with eating disorders on campus.
Resources:
National Eating Disorders Association. N.p., n.d. Web. 11 Aug. 2014.
National Association of Anorexia Nervosa and Associated Disorders. N.p., 1976. Web. 11 Aug. 2014
 
photo credit: Avolore via Creative Commons

Aug 28, 2014

'amor' em tempos de iphone...Mobile Lovers (de Banksy)

O artista Banksy,  nas suas pinturas de rua representa de forma única vários aspetos  da sociedade contemporânea.
Este sobre o 'amor' em tempos de iphone.
Versões em carne-e-osso deste Mobile Lovers podem ser encontradas em qualquer lugar onde haja rede. Experimentem olhar  à volta e ver...(desviar os olhos do écran?)!
 
 

Aug 24, 2014

Bulimia: algumas consequências





Artigos que serviram de fonte ao texto (aqui) e infograma (acima, clique para ampliar) :


 
 

Aug 17, 2014

3 artigos científicos de 2014 sobre Compulsão Alimentar e outras doenças do comportamento alimentar em Portugal



A revista científica European Eating Disorders Review publica artigos que nos ajudam a perceber melhor as causas, diagnóstico e tratamento da Anorexia Nervosa, da Bulimia e de outras doenças relacionadas com o comportamento alimentar.
 
Referenciamos em seguida 3 artigos publicados em 2014 que analisam casos em Portugal (em todos são incluídos os links para a revista onde podem ser lidos os resumos e os textos integrais em inglês).
 
Juntamos ainda uma tradução livre do resumo de um deles referente a um estudo sobre Compulsão Alimentar (Binge Eating Disorder, BED) nos estudantes do ensino superior em Portugal publicado em Maio de 2014.
 

European Eating Disorders ReviewVolume 22, Issue 3, May 2014, Pages: 185–190, Mónica Ribeiro, Eva Conceição, Ana Rita Vaz and Paulo P. P. Machado

RESUMO:

A Compulsão Alimentar (Binge eating disorder, BED) tem outras doenças associadas e foi recentemente considerada como uma categoria específica no Diagnostic and Statistical Manual of Mental Disorders – Fifth Edition (nota de esqueciaana: neste blogue  encontra várias referencias ao DSM e como nele têm evoluído as categorias das doenças de comportamento alimentar).

Este estudo investiga a prevalência da Compulsão Alimentar (BED) numa amostra de estudantes universitários portugueses tendo sido selecionada a amostra em duas etapas [nota de esqueciaana: no esquema abaixo resume-se as etapas de selecção da  amostra]. 

Entre Outubro de 2008 e Julho de 2009,  805 estudantes universitários de uma universidade pública do Minho completaram o questionário Questionnaire on Eating and Weight Patterns – Revised  [nota de esqueciaana: um questionário similar pode ser encontrado aqui, e uma versão portuguesa aqui]. Com base nesse questionário foram identificados os casos a entrevistar numa segunda fase. 85 estudantes que apresentavam o critério para compulsão alimentar foram convidados a ser entrevistados, nessa segunda fase, com base no Eating Disorder Examination.

Na primeira etapa, 9,6% dos inquiridos assinalaram episódios de compulsão alimentar. Na segunda etapa do estudo a taxa de prevalência foi de 0,5% para Compulsão Alimentar e de 1% no caso de ser excluído o critério de uma grande quantidade de alimentos.
 
Nota de esqueciaana:As Figura 1 e Tabela 2 abaixo foram retiradas do artigo original cuja leitura recomendo.
 


European Eating Disorders ReviewVolume 22, Issue 3, May 2014, Pages: 185–190, Mónica Ribeiro, Eva Conceição, Ana Rita Vaz and Paulo P. P. Machado
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References
 
 
European Eating Disorders Review
Volume 22, Issue 4, July 2014, Pages: 243–251, Bárbara C. Machado, Sónia F. Gonçalves, Carla Martins, Hans W. Hoek and Paulo P. Machado
Full Article (HTML)
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References


Early Response as a Predictor of Success in Guided Self-help Treatment for Bulimic Disorders
European Eating Disorders ReviewVolume 22, Issue 1, January 2014, Pages: 59–65, Ana R. Vaz, Eva Conceição and Paulo P. P. Machado
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References

(imagens de Escher)

Jul 26, 2014

aprende-se a andar na corda bamba



Não precisamos ser 'bicho de mato' sempre. Principalmente não gostamos que nos padronizem, nos formatem, etc. Somos quem somos em cada momento. Quem gosta de nós percebe isso. Ou tem que perceber.
 
Altos, baixos, assim-assim o nosso estado de espírito varia (nuns varia com mais frequência que noutros). E daí? Ah! parece que há um rótulo para tal comportamento, 'labilidade de humor' (cito de memória se calhar a palavra nem existe). Outra forma de dizer talvez instabilidade.
 
Mas pergunto: como podemos ser estáveis e VIVER ao mesmo tempo? Não, isto não é um elogio à instabilidade (ou desequilíbrio) é apenas um testemunho de quem sabe o que é a instabilidade e consegue ir avançando sem tonturas.
 
Aprende-se a andar na corda bamba, a sério.
 
esqueciaana
ex-ana
 
 

Jun 29, 2014

UM Padrão de Beleza ÚNICO? (e Photoshop...) projeto de Esther Honing



Esther Honing, uma jornalista dos Estados Unidos desenvolveu um projeto interessante para analisar até que ponto os padrões de beleza são universais.

Enviou uma fotografia sem retoques a uma serie de indivíduos de dezenas de países (designers amadores e profissionais) pedindo para eles a 'fazerem bonita' usando Photoshop (programa de tratamento de imagem).

Os resultados até agora divulgados podem ser vistos aqui. Apresentamos dois exemplo, um da Índia e outro dos Estados Unidos.
A autora do projeto resume-o assim (tradução livre e abreviada do esqueciaana):
"Nos  EUA o Photoshop tornou-se um símbolo de padrões de beleza inatingíveis. Este meu projeto, BEFORE & AFTER [Antes & Depois], examina como esses padrões variam entre culturas  numa escala global.
Contactei plataformas de Free-lancers, como Fiverr, que me permitiram contratar cerca de 40 pessoas, de mais de 25 países. Alguns são profissionais outros amadores.
Com um custo variando de cinco a trinta dólares, e na esperança de que cada designer iria  usar da sua concepção pessoal e cultural de beleza para melhorar a minha imagem original (fotografia sem qualquer photoshop, ou seja imagem não alterada) tudo o que eu lhes pedi foi “façam-me bonita”.
 
[nota de esqueciaana: no site de Esther Honing, encontra-se  uma seleção das 22 imagens resultantes, até agora]. Elas são intrigantes e elucidativas; cada uma é um reflexo  das concepções pessoais e culturais de belezados respectivos criadores.
O Photoshop permite-nos  atingir  os nossos padrões inatingíveis de beleza, mas quando comparamos essas normas à escala mundial, obter o ´padrão ideal´continua a ser impossível."
 
Já antes no esqueciaaana tínhamos postado sobre este assunto. Por exemplo:
 

Jun 26, 2014

"Agora existo. Agora sou eu!…" (Testemunho)


(nota do esqueciaana em 26.06.2014: transcrevo com o coração a transbordar de alegria um comentário que acabei de ler recebido da . Os bolds são de esqueciaana. Um testemunho de que SIM!  é possível ficarmos LIVRES. Parabéns! Obrigada pelo teu testemunho! Obrigada pelas tuas (sábias, de experiência feitas...) palavras.
 
"Minha querida, é sempre bom voltar aqui… agora com uma presença diferente na vida.
 
Agora existo. Agora sou eu!…
 
Como tu sabes e acompanhaste, vivi muitos anos agarrada à doença mas também fui amiga de uma rapariga a quem detectei anorexia (já nessa altura eu mentia sobre mim)..
 
Todas estas dicas [refere-se ao post como ajudar uma amiga] são muito úteis para quem pouco sabe mas é preciso percebermos quem temos à frente e fazer uma triagem das características patológicas que ela apresenta e uma triagem nas nossas palavras para lhe chegar… quantas vezes eu deixei de falar com amigos por terem sido muito invasivos ou por me sentir atacada em vez de ajudada… é preciso assertividade mas deixar de lado os chavões… é preciso ser firme e dizer que estamos ali para ajudar a pessoa, não a doença.
 
Enquanto amigo é preciso não se iludir que vai salvar a doente… aconteceu-me ao longo de 10 anos de fase aguda, algumas pessoas aproximarem-se e quererem salvar-me… isso acabou com a possibilidade de continuarmos uma grande amizade… porque havendo a ilusão que aqui alguém salva alguém, acaba-se na desilusão de isso não acontecer… a maioria dessas pessoas acabou a cobrar-me uma força que eu não tinha sempre com frases do género "eu só acredito quando vir" "tu não queres sair disto" ou ainda "tu vais morrer"… isto claro, acompando a grande mágoa e frustração por me verem voltar a cair depois de tentativas de sair do fundo… Estas coisas pesaram-me em vez de ajudar… fizeram-me sentir que toda a gente que se aproximava iria sair triste e desiludida de ao pé de mim… a depressão em que estava generalizava os casos: de algumas pessoas, passei a julgar que qualquer pessoa no mundo que se aproximasse de mim, sairia magoado.
 
Fosse por este ou por outro motivo qualquer… E demorou até conseguir aproximar-me de outra pessoa… sempre com muitas reservas e com muitas máscaras…
 
E quando finalmente dei a volta tive de o fazer praticamente sozinha. Eu e a minha psicologa que me ia ouvindo… aluguei uma casa, trabalhei todos os dias para pagar as contas. Foi esse compromisso que me prendeu à vida e me libertou da doença… =)
 
Mas a solidão a que me obriguei foi só o meu método… aconselho sempre a que o façam rodeados, a partilhar jantares e pasteis de nata! A vida faz sentido partilhada… e é à procura dessa partilha que devemos esforçar-nos para sair da doença.grande beijinho minha querida! "
 

Jun 10, 2014

..."É difícil fazer novas amizades?" (Clara Pracana, blogue SALPICOS)

 


"É difícil fazer novas amizades?"  Transcrevo abaixo, parcialmente,  um post da Clara Pracana do blogue Salpicos.

"Ouço muitas vezes a queixa de que a partir de uma determinada idade é difícil fazer novas amizades. Que quando se andava no liceu era fácil, mas que agora...
 
Vou ser directa: não, não era fácil no liceu nem é agora, se não se tem realmente vontade, disponibilidade e algumas outras capacidades que se podem desenvolver e de que falarei a seguir.
 
A primeira questão é a da vontade. Quero realmente fazer um(a) novo(a) amigo(a)? Com tudo o que isso implica de disponibilidade para, não só ouvir o outro, mas também expor-se ao falar de si? E, antes disso, de ir à procura de amigos?
 
Os amigos, como tudo o resto na vida, excepto a chuva, granizo e neve, não caem do céu aos trambolhões. Mas há pessoas que pensam que sim, como também pensam que um "bom" emprego vai aparecer de repente, sem fazerem nada por isso.
 
Queremos mesmo fazer uma nova amiga? (Vou adoptar aqui o feminino por comododidade, nas é evidente que também se aplica a fazer amigos homens)
 
Vejamos então os passos.
 
1. Sair da zona de conforto, do rame-rame casa-trabalho, trabalho-casa. Frequentar uma actividade cultural que se prolongue no tempo, como um grupo de leitura, um voluntariado numa biblioteca, um ginásio, uma actividade desportiva que exija encontros regulares, um fórum na internet, aulas de línguas ou de pintura em horário pós-laboral, etc, etc.
 
2. Sermos nós próprias. Pensar: o que é que eu gosto de fazer? Há muita gente que não sabe responder a esta pergunta. Aqui está um exercício para fazer consigo própria: se acordasse amanhã com uma nova capacidade ou habilidade, qual seria ela? Gostava de saber dançar? Há aulas de tango disponíveis em muitas cidades e locais. Tango ou outro tipo de dança. Ocorre-lhe que gostaria de ser escritora? Há variados cursos de escrita criativo, por sinal bem divertidos, como o do Rui Zink.
 
3. Partindo do princípio de que venceu a fácil e confortável inércia que nos impede de experimentar coisas novas (sobre isto falarei no fim), que já fez uma busca na internet ou que perguntou a outras pessoas, resta pegar nos pezinhos e ir inscrever-se....."
 

Apr 8, 2014

Feb 22, 2014

...como ajudar uma amiga

(nota de esqueciaana: já antes tinha publicado este post, uma leitora do blogue pediu-me para o divulgar outra vez)
Sei por experiência própria como 'os outros' podem ser muito importantes no tratamento e recuperação. Não quaisquer 'outros' mas sim quem, mesmo que não entenda completamente nem sequer parcialmente a doença, nos faz ter novos olhares para a vida. Quem construa as pontes entre o nosso mundo interior de sofrimento e a vida lá fora onde podemos descobrir a alegria.

Os sites informativos e de apoio a familiares e amigos sobre a anorexia e bulímia (ver links do lado direito) por vezes fornecem indicações específicas para grupos dos que são próximos do doente, tais como a familia e em particular os pais, os professores e ...AS AMIGAS (cito adaptando: "Caso suspeite ou tenha a certeza de que uma amiga sua tem problemas relacionados coma a alimentação..."). Pergunto eu: e OS AMIGOS? e O NAMORADO? Os rapazes e homens são não apenas uma minoria dos doentes anorécticos e bulímicos (pelo menos no que é estatisticamente conhecido), ELES também parecem estar um tanto à margem na informação sobre os OUTROS que podem ajudar.
 
No entanto, encontramos em vários testemunhos a importância do NAMORADO, do NOIVO, do MARIDO na procura de cura e recuperação da doença de TA. Sendo a partilha mútua nas relações amorosas mais intensa que noutras, não é de admirar que nelas seja possivel ultrapassar dificuldades em expressar sentimentos por parte de quem está doente, e que por isso sejam os namorados quem, ainda antes de pais, irmãos, amigas ou amigos se apercebem que alguma coisa não está bem. Não encontrei ainda no entanto nenhum texto que 'explique' e dê o devido destque a importância dos NAMORADOS (os príncipes! alguns que precisam ter uma coragem extrema!) .
 
Voltando às AMIGAS (supondo que quem sofre de AN é uma rapariga) existem algumas recomendações que abaixo alinho comentando. E o meu primeiro comentário é que não existindo receitas para a amizade, o que a seguir se escreve são apenas algumas indicações que em média se ajustam a cada caso concreto.
 
COMO PODES AJUDAR A TUA AMIGA?
 
(texto adaptado do original aqui e aqui)
 
+ A tua amiga é inteligente, informada, determinada...mas é característica da doença negá-la e recusar opiniões dos outros (mesmo das amigas) sobre o seu problema (que geralmente não identifica como tal). São raros os casos em que a doente resolve tratar-se por iniciativa própria. Como amiga dela procura em conjunto com outros que lhe são próximos que ela tome consciência do problema e comece a tratar-se com especialistas adequados. Não fiques frustrada com a tua (muitas vezes aparente) impotência para alterar a situação. Ela também se sente possivelmente muitas vezes impotente para se mudar. Não fiques zangada se muitas vezes ela 'te deixar a falar sozinha'.
 
+ A tua amiga pode estar está em risco de vida.A anorexia alimentar e os transtornos alimentares (TA) são doenças graves. Procura que contacte uma equipa especializada. Ajuda-a a dar o primeiro passo para o tratamento. Procura informar-te mais sobre a doença e encontrar os serviços de apoio a familiares e amigos e os serviços médicos públicos ou privados a que ela poderá recorrer na tua região. Mas atenção, por muito que julgues saber sobre a doença, lembra-te que apenas os profissionais poderão fazer um correcto diagnóstico e traçar caminhos para o tratamento e cura.
 
+ Evita centrar todas as conversas com ela na comida ou na aparência física. Comentários mais ou menos irónicos como 'qualquer dias desapareces', 'és só pele e osso', 'andas com dietas malucas' ou até elogiosos ' estás com um corpo fantástico! quem me dera vestir o 36 como tu'. Ou mesmo de incentivo a ganhar peso ' estás mais gordinha e fica-te bem' (pessoalmente tenho a impressão que se este último comentário vier de um amigo não será muito negativo, mas estamos a falar de amigas).Não te esqueças que a tua amiga tem parte da vida focada na aparência física (tentando dizer com o corpo o que ninguém é capaz de escutar) e nas calorias por isso, não lances mais fogo para essa fogueira. Fala com ela sobre arte, música, estudos, trabalho, viagens, projectos futuros.
 
+ Faz a tua amiga sentir (não por palavras de preferência) que ela tens excelentes qualidades e que ninguém é perfeito. Mostra-lhe a tua amizade por actos. Lembra-lhe que todos cometemos erros. E que a errar se aprende. Abre-lhe também o teu coração. É dos livros que quem sofre de TA mente sobre o comportamento e por vezes mente também compulsivamente (é uma componente da doença e como tal deve ser compreendida). Mas a identificação por ti de uma inverdade pode ser positivo. E mostrar que de quem gostamos esperamos sinceridade, não falsidade.
 
+ Procura que ela saia. Há muitas formas de sair. Sair da casca por exemplo ;) Conviver com outras pessoas diferentes. Pessoas com projectos, ideias, imaginação. Pessoas abertas a outras pessoas. Por vezes com a mesma idade as pessoas apresentam maturidades muito diferentes. E não raro quem sofre de TA tem níveis de maturidade e culturais acima da média. Muito possivelmente a tua amiga questiona-se e questiona os outros e o sentido da vida. Por isso ambientes em que dominem pessoas fúteis e vazias podem ser agressivos para ela. Mas cada um de nós é uma caixinha de surpresas. As possibilidades de convívio hoje em dia são imensas. procura que ela retome a alegria e sociabilidade que tinha antes da doença, mas sem pressas, sem forçar. A doença por vezes vai-se instalando de-va-ga-ri-nho e não é do dia para a noite que desaparece.
 
+ O que ela deve ou não comer deve ser recomendado pelos especialistas em nutrição e/ou endocrinologista. Se estiveres com ela durante as refeições principais, festas ou outras situações que envolvam comida procura comportar-te normalmente. Não adoptes uma posição de vigilância ou controlo sobre o que ela come ou de recomendações do tipo 'lá estás com a mania das calorias, não sejas parva vá lá come a bolacha', etc.
 
+ NÃO DESISTAS. O teu apoio pode não dar de imediato resultado. Tens que ter paciência se a tua amiga depois de parecer estar a recuparar tiver uma recaída. Não desistas da tua amiga, mantém o teu apoio mesmo durante uma recaída, evita comentários do tipo 'és uma fraca desisto'.´A tua amiga se tiver uma recaída já se sente suficientemente mal sem esses comentários 'amigos (por vezes pretendem ser para mostrar a dura realidade').Se ela for internada e os médicos não virem inconveniente e perceberes (as amigas verdadeiras percebem os sins mesmo quando ouvem não e vice versa) que ela o quer visita-a.
 
+ Se o conhecimento que com ela tiveres for principalmente ou exclusivamente virtual procura que ela reforce os laços com o MUNDO REAL. Os ombros virtuais não passam disso...virtuais. Nada substituí os ombros REAIS. para além disso estando a tua amiga psicologicamente fragilizada pode ser alvo de comportamento predatórios no mundo real e na internet.
 
+ Na Internet circula muita informação errada, nuns casos inconscientemente noutros, mais graves, conscientemente e criminosamente errada. Medicamentos, práticas e dietas que pululam na internet nos sites pro-ana e pro-mia e também noutros sites orientados comercialmente são muito perigosos. Dicas de emagrecimento que são fornecidas, por vezes sob capa de fundamentos científicos são autênticas 'receitas de morte'.
 
+ Lembra-te SEMPRE: A TUA AMIGA NÃO TEM CULPA. DEIXAR DE COMER NÃO É A DOENÇA, É O SINTOMA.
Procura ajuda para a tua amiga. Alguns contactos AQUI.
Foto f
Comentários recebidos a mensagem identica antes publicada no esqueciaana:

foreveryoung disse...
Qerida "esqeci-a-ana"...
Antes de mais qero voltar a agradecer pela maneira como te tens exprimido comigo porqe nota-se mesmo qe já passaste por isto tudo e és perfeitamente consciente a falar sem nunca "exigires" de mim coisas exageradas como às vezes me acontece por parte de pessoas qe desconhecem o problema em si! Quanto ao qe escreveste tens toda a razão..a fluoxetina tira-me o apetite e altera o meu humor (às vezes..ultimamente mais!)..mas a verdade é qe fico mesmo sem fome nenhuma e se o esforço por comer é grande já quando temos fome (contraditório?) então quando não temos aínda mais complicado é. Suponho qe me estejas a perceber. Mas ao mesmo tempo não qero de maneira nenhuma dizer isto ao psiquiatra porqe vou ser sincera..tenho medo qe ele me recomende tomar algo para abrir o apetite. Isso aterroriza me! Beijinho enorme, parabéns pelo post, até o patrocinei no meu blog :) ehehe
ex ana disse...
Eu já passei não direi por tudo, mas por algumas coisas parecidas.
Se o teu fim de semana foi inesquecível o que achas de ter a seguir uma semana igualmente BOA e inesquecível?
p.s.- Agradeço muito o 'patrocínio'. Não queres juntar sugestões? Prometo fazer uma actualização do post e prestar devida atribuição (ou não) como preferires. 30 de Novembro de 2009 20:41
aqui

Fotografia de flick cc aqui