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Jun 29, 2014

UM Padrão de Beleza ÚNICO? (e Photoshop...) projeto de Esther Honing



Esther Honing, uma jornalista dos Estados Unidos desenvolveu um projeto interessante para analisar até que ponto os padrões de beleza são universais.

Enviou uma fotografia sem retoques a uma serie de indivíduos de dezenas de países (designers amadores e profissionais) pedindo para eles a 'fazerem bonita' usando Photoshop (programa de tratamento de imagem).

Os resultados até agora divulgados podem ser vistos aqui. Apresentamos dois exemplo, um da Índia e outro dos Estados Unidos.
A autora do projeto resume-o assim (tradução livre e abreviada do esqueciaana):
"Nos  EUA o Photoshop tornou-se um símbolo de padrões de beleza inatingíveis. Este meu projeto, BEFORE & AFTER [Antes & Depois], examina como esses padrões variam entre culturas  numa escala global.
Contactei plataformas de Free-lancers, como Fiverr, que me permitiram contratar cerca de 40 pessoas, de mais de 25 países. Alguns são profissionais outros amadores.
Com um custo variando de cinco a trinta dólares, e na esperança de que cada designer iria  usar da sua concepção pessoal e cultural de beleza para melhorar a minha imagem original (fotografia sem qualquer photoshop, ou seja imagem não alterada) tudo o que eu lhes pedi foi “façam-me bonita”.
 
[nota de esqueciaana: no site de Esther Honing, encontra-se  uma seleção das 22 imagens resultantes, até agora]. Elas são intrigantes e elucidativas; cada uma é um reflexo  das concepções pessoais e culturais de belezados respectivos criadores.
O Photoshop permite-nos  atingir  os nossos padrões inatingíveis de beleza, mas quando comparamos essas normas à escala mundial, obter o ´padrão ideal´continua a ser impossível."
 
Já antes no esqueciaaana tínhamos postado sobre este assunto. Por exemplo:
 

Jun 26, 2014

"Agora existo. Agora sou eu!…" (Testemunho)


(nota do esqueciaana em 26.06.2014: transcrevo com o coração a transbordar de alegria um comentário que acabei de ler recebido da . Os bolds são de esqueciaana. Um testemunho de que SIM!  é possível ficarmos LIVRES. Parabéns! Obrigada pelo teu testemunho! Obrigada pelas tuas (sábias, de experiência feitas...) palavras.
 
"Minha querida, é sempre bom voltar aqui… agora com uma presença diferente na vida.
 
Agora existo. Agora sou eu!…
 
Como tu sabes e acompanhaste, vivi muitos anos agarrada à doença mas também fui amiga de uma rapariga a quem detectei anorexia (já nessa altura eu mentia sobre mim)..
 
Todas estas dicas [refere-se ao post como ajudar uma amiga] são muito úteis para quem pouco sabe mas é preciso percebermos quem temos à frente e fazer uma triagem das características patológicas que ela apresenta e uma triagem nas nossas palavras para lhe chegar… quantas vezes eu deixei de falar com amigos por terem sido muito invasivos ou por me sentir atacada em vez de ajudada… é preciso assertividade mas deixar de lado os chavões… é preciso ser firme e dizer que estamos ali para ajudar a pessoa, não a doença.
 
Enquanto amigo é preciso não se iludir que vai salvar a doente… aconteceu-me ao longo de 10 anos de fase aguda, algumas pessoas aproximarem-se e quererem salvar-me… isso acabou com a possibilidade de continuarmos uma grande amizade… porque havendo a ilusão que aqui alguém salva alguém, acaba-se na desilusão de isso não acontecer… a maioria dessas pessoas acabou a cobrar-me uma força que eu não tinha sempre com frases do género "eu só acredito quando vir" "tu não queres sair disto" ou ainda "tu vais morrer"… isto claro, acompando a grande mágoa e frustração por me verem voltar a cair depois de tentativas de sair do fundo… Estas coisas pesaram-me em vez de ajudar… fizeram-me sentir que toda a gente que se aproximava iria sair triste e desiludida de ao pé de mim… a depressão em que estava generalizava os casos: de algumas pessoas, passei a julgar que qualquer pessoa no mundo que se aproximasse de mim, sairia magoado.
 
Fosse por este ou por outro motivo qualquer… E demorou até conseguir aproximar-me de outra pessoa… sempre com muitas reservas e com muitas máscaras…
 
E quando finalmente dei a volta tive de o fazer praticamente sozinha. Eu e a minha psicologa que me ia ouvindo… aluguei uma casa, trabalhei todos os dias para pagar as contas. Foi esse compromisso que me prendeu à vida e me libertou da doença… =)
 
Mas a solidão a que me obriguei foi só o meu método… aconselho sempre a que o façam rodeados, a partilhar jantares e pasteis de nata! A vida faz sentido partilhada… e é à procura dessa partilha que devemos esforçar-nos para sair da doença.grande beijinho minha querida! "
 

Jun 10, 2014

..."É difícil fazer novas amizades?" (Clara Pracana, blogue SALPICOS)

 


"É difícil fazer novas amizades?"  Transcrevo abaixo, parcialmente,  um post da Clara Pracana do blogue Salpicos.

"Ouço muitas vezes a queixa de que a partir de uma determinada idade é difícil fazer novas amizades. Que quando se andava no liceu era fácil, mas que agora...
 
Vou ser directa: não, não era fácil no liceu nem é agora, se não se tem realmente vontade, disponibilidade e algumas outras capacidades que se podem desenvolver e de que falarei a seguir.
 
A primeira questão é a da vontade. Quero realmente fazer um(a) novo(a) amigo(a)? Com tudo o que isso implica de disponibilidade para, não só ouvir o outro, mas também expor-se ao falar de si? E, antes disso, de ir à procura de amigos?
 
Os amigos, como tudo o resto na vida, excepto a chuva, granizo e neve, não caem do céu aos trambolhões. Mas há pessoas que pensam que sim, como também pensam que um "bom" emprego vai aparecer de repente, sem fazerem nada por isso.
 
Queremos mesmo fazer uma nova amiga? (Vou adoptar aqui o feminino por comododidade, nas é evidente que também se aplica a fazer amigos homens)
 
Vejamos então os passos.
 
1. Sair da zona de conforto, do rame-rame casa-trabalho, trabalho-casa. Frequentar uma actividade cultural que se prolongue no tempo, como um grupo de leitura, um voluntariado numa biblioteca, um ginásio, uma actividade desportiva que exija encontros regulares, um fórum na internet, aulas de línguas ou de pintura em horário pós-laboral, etc, etc.
 
2. Sermos nós próprias. Pensar: o que é que eu gosto de fazer? Há muita gente que não sabe responder a esta pergunta. Aqui está um exercício para fazer consigo própria: se acordasse amanhã com uma nova capacidade ou habilidade, qual seria ela? Gostava de saber dançar? Há aulas de tango disponíveis em muitas cidades e locais. Tango ou outro tipo de dança. Ocorre-lhe que gostaria de ser escritora? Há variados cursos de escrita criativo, por sinal bem divertidos, como o do Rui Zink.
 
3. Partindo do princípio de que venceu a fácil e confortável inércia que nos impede de experimentar coisas novas (sobre isto falarei no fim), que já fez uma busca na internet ou que perguntou a outras pessoas, resta pegar nos pezinhos e ir inscrever-se....."