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Feb 16, 2012

...Solidão e Doenças do Comportamento Alimentar (investigação)




Podemos sentir-nos sós mesmo rodeados de muita gente. Até mesmo de amigos. Por vezes a solidão cola-se a nós.´Quantas e quantas vezes quem sofre de doenças do comportamento alimentar se sente só. E muitas vezes a saida da doença (esquecer a ana e outras más companhias) é também acompanhada pela ruptura dessa solidão.

Recebi da Té um comentário sobre este post que transcrevo porque acho muito importante a ideia de 'fases' na solidão e das 'justificações' que vamos tendo (criando?) para a manter. Obriga Té pelo teu comentário e muitas felicidades no teu caminho.

"Minha querida,há quanto tempo...
A solidão,tal como a comida, são como a "droga" desta adição q é um distúrbio alimentar...
A solidão é uma procura e uma maneira de nos mantermos afastadas, pensamos nós, de quem não tem a mínima noção do que se passa... Passa.se por várias fases: primeiro precisamos de estar sozinhas para n nos obrigarem a comer nem fazerem comentários, depois, ainda mais isoladas, parece que são os outros que se afastam de nós e depois já não sabemos bem como voltar, porque enquanto fizemos esse interregno, a vida lá fora continuou e o medo é tão grande quanto o de apanhar um comboio em andamento...
um beijinho"
Acabou de ser publicado um artigo científico Loneliness and eating disorders [trad: A solidão e os distúrbios alimentares] no J Psychol. 2012 Jan-Apr;146(1-2):243-57, de Levine MP (Penn State College of Medicine, Penn State Milton S. Hershey Medical Center, Division of Adolescen Medicine and Eating Disorders, Hershey, PA 17033, USA. mlevinel@hmc.psu.edu
A investigação examina a relação entre solidão e os transtornos alimentares. Esta relação é avaliada fazendo uma revisão sistemática da literatura científica que associa a solidão com as doenças do comportamento alimentar e resume os tópicos de temas que ligam solidão e transtornos alimentares.
Os transtornos alimentares (anorexia nervosa, bulimia nervosa e outros transtornos alimentares não especificados que incluem compulsão alimentar) são questões de saúde desafiadoras. Cada um destes diagnósticos relaciona-se especificamente com a solidão. Isso contribui para a emoção negativa e sintomas de transtornos alimentares. As relações interpessoais negativas, as experiências reais ou  percepções individuais distorcidas, aumentam os distúrbios alimentares e os sentimentos de solidão.
Características que têm sido associados com a solidão claramente também se relacionam com os transtornos alimentares. Entender essa relação é vital, para que possamos avaliar as lutas dos nossos pacientes e de trabalho para gerir emoções fortes num quadro de tratamento. Precisamos estar conscientes do poder da solidão e do seu efeito sobre as pessoas  em geral e especificamente o efeito da solidão para aqueles que lutam com um problema de distúrbio alimentar.
A partir de alguns sites é possível ter o texto completo do artigo (vejam aqui)
Se quiserem conhecer mais publicações do mesmo autor, vejam aqui.


Feb 8, 2012

...Bailado e Anorexia (solista do Scala de Milão denuncia situação)


Segundo notícia ontem publicada no DNTeatro de Milão afastou "uma das suas solistas que denunciou pressões para que as bailarinas controlassem o seu peso. Maria Francesca Garritano (na imagem acima), uma das primeiras bailarinas do ballet do La Scala de Milão, foi despedida depois de ter denunciado a proliferação de casos de anorexia entre o corpo de bailarinas do célebre teatro italiano. O La Scala fundamentou a decisão pelo facto de ser "prejudicada a imagem" da instituição pelas declarações da sua bailarina. Garritano, de 33 anos, deu em dezembro uma entrevista ao The Observer em que afirmava que uma em cada cinco bailarinas suas conhecidas era anorética e, em consequência, não tinham condições para terem filhos. No corpo de ballet do La Scala desde os 16 anos, Garritano recordou na entrevista que, "durante o treino, os meus professores chamavam-me 'mozzarella' e 'crepe chinês' diante de todos". A bailarina revelou que "deixei de comer ao ponto de ter deixado de ter o período durante ano e meio, tinha eu entre 16 e 17 anos. Cheguei a pesar 43 quilos". Aquilo que Garritano passou, foi levado ao extremo por colegas suas, que "tiveram de ser levadas de urgência para o hospital e alimentadas por via intravenosa, enquanto outras sofreram depressões e estão sujeitas a acompanhamento clínico ainda hoje".
mais notícias sobre o mesmo assunto (em inglês) aqui.

...as emoções fazem falta!

Retirei o texto abaixo do blogue de Lídia Craveiro (Outros Olhares)
Uma visão da natureza que ignore o poder das emoções é tristemente míope. As emoções são impulsos para agir e enfrentar a vida. A raiz da palavra emoção vem do termo latino "motere" que significa mover, mais o prefixo "e" fica "mover para"- As investigações indicam que cada emoção prepara o corpo para um tipo de resposta muito diferente: com o ira, o sangue flui para as mãos, tornando mais fácil pegar numa arma ou bater num inimigo, a adrenalina gera uma onda de energia; com o medo, o sangue corre para os grandes músculos, empalidecendo a face; o bem estar activa zonas do cérebro que impedem os sentimentos negativos; o amor provoca excitação parassimpatica que gera um estado geral de calma e contentamento, facilitando a cooperação; a surpresa permite o alargamento do campo de visual, em virtude do arquear das sobrancelhas e a entrada de mais luz na retina; a repulsa gera uma resposta facial; a tristeza ajuda a adaptarmo-nos a uma perda significativa, como a morte de alguém querido ou, um grande desapontamento, causa uma grande quebra de energia e do entusiasmo pela vida, aproxima a depressão e a baixa do metabolismo do corpo.
In "Inteligência emocional" Goleman ( 1997)
Inteligência Emocional de Daniel Goleman
O livro que mudou o conceito de inteligência.
Edição/reimpressão: 2010 Páginas: 376
Editor: Temas e Debates ISBN: 9789896440909

Feb 3, 2012

...olhar e VER

..."todas as cartas de amor são ridículas" (de Pessoa para Ofélia)

Fernando Pessoa (Álvaro de Campos) escreveu que todas as cartas de amor são ridículas. No link abaixo podemos ler 9 cartas dele (o "nininho", Ibis) e as 9 respostas de Ofélia (o seu "bébé pequenino")
Duas dessas cartas abaixo.
Porque estou a escrever este post? Porque tem a ver com expressar emoções ... sem medo do "ridículo"...ou antes expressar emoções, ponto. SEM MEDO.
(para ver a imagem total das cartas abaixo, clique na imagem)